Não há fórmulas, não há receitas infalíveis para o sucesso. Aquilo que resulta com o vizinho do lado definitivamente não resultará connosco e vice-versa. Isto tudo para dizer que os Soulnerve têm aqui uma estreia discográfica dos diabos, mas aquilo que apresentam não é nada que não tenha sido feito antes. Pelo contrário, até é algo que já se está um pouco cansado de ouvir, o infame death/thrash melódico moderno, que tem muita dificuldade de se distrinçar do metalcore. E safam-se de forma exemplar. "They Come For Us All" começa com um rugido que pode resumir muito bem a energia do grupo holandês neste seu primeiro trabalho.
Os riffs, os solos, os refrões que se colam e as harmonias catchy, está tudo aqui presente e para quem gosta do seu thrash melódico, mesmo que já tenha ouvido quinhentas mil vezes noutro lado qualquer (que de certeza que já ouviram) não conseguiram resistir. É como uma palavra chave deixada por um hipnoterapeuta aquando do seu tratamento. Quando a palavra é dita, tudo pára e a atenção está toda focada num só outro ponto. É o mesmo que acontece aqui. Quanto todos os elementos (ou apenas um deles) surgem, a atenção do thrasher viciado fica logo conquistada. Talvez este trabalho não tenha esse efeito com TODOS os thrashers, já que existem aqueles que não gostam de melodias. Aqueles que uma faixa instrumental cheia de melodia e harmonias como a "Lost" os ofendesse. Mesmo assim, ainda existe aqui muita agressividade.
É um trabalho feito para os tempos de hoje, como muitos dentro do género, mas a diferença é que este é bem mais amplo do que aquilo que se espera de um lançamento dos dias de hoje, isto querendo dizer, que tem uma capacidade para ser pego daqui a cinco anos e provocar o mesmo prazer que provoca à primeira audição. E isso já diz algo. Na verdade, diz muito. Para quem tinha saudades do som que o novo milénio prometeu e raramente cumpriu, ele está aqui em todo o seu esplendor. Melodia, poder, death, thrash. Metal!
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Os riffs, os solos, os refrões que se colam e as harmonias catchy, está tudo aqui presente e para quem gosta do seu thrash melódico, mesmo que já tenha ouvido quinhentas mil vezes noutro lado qualquer (que de certeza que já ouviram) não conseguiram resistir. É como uma palavra chave deixada por um hipnoterapeuta aquando do seu tratamento. Quando a palavra é dita, tudo pára e a atenção está toda focada num só outro ponto. É o mesmo que acontece aqui. Quanto todos os elementos (ou apenas um deles) surgem, a atenção do thrasher viciado fica logo conquistada. Talvez este trabalho não tenha esse efeito com TODOS os thrashers, já que existem aqueles que não gostam de melodias. Aqueles que uma faixa instrumental cheia de melodia e harmonias como a "Lost" os ofendesse. Mesmo assim, ainda existe aqui muita agressividade.
É um trabalho feito para os tempos de hoje, como muitos dentro do género, mas a diferença é que este é bem mais amplo do que aquilo que se espera de um lançamento dos dias de hoje, isto querendo dizer, que tem uma capacidade para ser pego daqui a cinco anos e provocar o mesmo prazer que provoca à primeira audição. E isso já diz algo. Na verdade, diz muito. Para quem tinha saudades do som que o novo milénio prometeu e raramente cumpriu, ele está aqui em todo o seu esplendor. Melodia, poder, death, thrash. Metal!
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
