Os finlandeses estão de volta para o seu oitavo álbum de originais numa carreira que, apesar de algumas escorregadelas, permanece impressionante. Nada parece ter mudado no seu power metal, embora a banda tenha afirmado durante muito tempo, durante a preparação/gravação de "Pariah's Child", que este seria um regresso às suas raízes, talvez por alguns trabalhos mais "experimentais" ou consensuais entre crítica e fãs. O velho logo também voltou, graças a essa semelhança com essa aproximação. A avaliar pelo single de avanço e que abre o álbum, "The Wolves Die Young", até não se nota assim muito. A mudança passou principalmente pelo incremento de melodia ao longo dos anos e pela redução da bateria frenética e dos ritmos que a justifiquem - foi exactamente isso que fez com que tivessem uma ascenção tão rápida.
É certo que aqui não se tem momentos tão... "progressivos" ou melódicos como os dos anteriores mas a verdade é que ainda existe aqui bastante desses tempos, como seria de esperar, já que todos estes supostos regressos às origens normalmente ficam sempre a meio caminho, já que não é possível voltar atrás no tempo e capturar aquilo que não tem forma. Se esse propósito foi um falhanço (ou uma decepção para quem tinha as expectativas apontadas nesse sentido), o álbum em si não o é. De todo. A identidade da banda está presente e intacta, quer use pedal duplo ou não, mas não se pode dizer que se tenham tornado noutra coisa diferente de onde evoluiram.
E a banda evoluíu, é algo que tem que se admitir e encarar como realidade. Mesmo que este "Pariah's Child"seja um pouco voltar atrás perante o passado recente, certas coisas não desaparecem por muito que se tenha a intenção de seguir um novo rumo. Prova disso mesmo é a faixa final, um épico de dez minutos que reúne a faceta mais progressiva e aquela própria dos seus primórdios. Fora essa dualidade, temos autênticas patas nas poças como a "Love", que é uma balada azeiteira que até desafia a adjectivação que se lhe possa dar. Resumindo, é um bom "regresso" da banda finlandesa, mas ainda não impressiona como impressionou no passado.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira
É certo que aqui não se tem momentos tão... "progressivos" ou melódicos como os dos anteriores mas a verdade é que ainda existe aqui bastante desses tempos, como seria de esperar, já que todos estes supostos regressos às origens normalmente ficam sempre a meio caminho, já que não é possível voltar atrás no tempo e capturar aquilo que não tem forma. Se esse propósito foi um falhanço (ou uma decepção para quem tinha as expectativas apontadas nesse sentido), o álbum em si não o é. De todo. A identidade da banda está presente e intacta, quer use pedal duplo ou não, mas não se pode dizer que se tenham tornado noutra coisa diferente de onde evoluiram.
E a banda evoluíu, é algo que tem que se admitir e encarar como realidade. Mesmo que este "Pariah's Child"seja um pouco voltar atrás perante o passado recente, certas coisas não desaparecem por muito que se tenha a intenção de seguir um novo rumo. Prova disso mesmo é a faixa final, um épico de dez minutos que reúne a faceta mais progressiva e aquela própria dos seus primórdios. Fora essa dualidade, temos autênticas patas nas poças como a "Love", que é uma balada azeiteira que até desafia a adjectivação que se lhe possa dar. Resumindo, é um bom "regresso" da banda finlandesa, mas ainda não impressiona como impressionou no passado.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira