O que é que os Eye Of Solitude têm em comum com os Sidious? Além de partilharem quase a totalidade dos seus membros, pouco mais. Enquanto os primeiros tocam uma mistura de death com doom, os Sidious têm uma abordagem moderna e poderoso do black metal sinfónico, como esteve em voga no início do milénio. A banda londrina não demora muito tempo a provar de que aquilo que os move vai bem mais além de pura nostalgia. Basta só ouvir “Sacrilegious Majesty” para se ficar convertido. Com um trabalho de bateria acima de impressionante, a solidez rítmica que a malha oferece só pode ser comparada com as melodias de guitarra e com o extremo bom gosto dos arranjos de teclados.
Normalmente, black metal sinfónico está associado a uma espécie de imagem que nos dias de hoje é mais depreciativa do que outra coisa qualquer. Sabendo disto, ou não, a banda inglesa mostra como é possível fazer um disco de peso do género, com classe e ainda dar a sensação de que é fácil e está ao alcance de todos. É notório que o foco está bem mais presente na brutalidade do que propriamente na parte sinfónica, mas o toque de ambiente e atmosfera destas sete músicas está mesmo presente e faz toda a diferença, principalmente quando é isso que impede que o trabalho se torne banal.
Não quer dizer que devido a isso (ou a outra questão qualquer) este trabalho seja original e revolucionário. Não o é. É possível encontrar aqui algumas pontes com a fórmula de bandas como Dimmu Borgir ou Behemoth, no entanto, apesar de não terem o brilhantismo e a identidade dos segundos, certamente conseguem imprimir uma maior frescura às suas composições que os primeiros. É um álbum que flui bem e será sem dúvida uma banda a seguir de perto. Ao primeiro álbum normalmente é cedo para vaticinar destinos, mas a qualidade de “Revealed In Profane Splendour” quase que nos garante um futuro risonho para este quarteto londrino.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Normalmente, black metal sinfónico está associado a uma espécie de imagem que nos dias de hoje é mais depreciativa do que outra coisa qualquer. Sabendo disto, ou não, a banda inglesa mostra como é possível fazer um disco de peso do género, com classe e ainda dar a sensação de que é fácil e está ao alcance de todos. É notório que o foco está bem mais presente na brutalidade do que propriamente na parte sinfónica, mas o toque de ambiente e atmosfera destas sete músicas está mesmo presente e faz toda a diferença, principalmente quando é isso que impede que o trabalho se torne banal.
Não quer dizer que devido a isso (ou a outra questão qualquer) este trabalho seja original e revolucionário. Não o é. É possível encontrar aqui algumas pontes com a fórmula de bandas como Dimmu Borgir ou Behemoth, no entanto, apesar de não terem o brilhantismo e a identidade dos segundos, certamente conseguem imprimir uma maior frescura às suas composições que os primeiros. É um álbum que flui bem e será sem dúvida uma banda a seguir de perto. Ao primeiro álbum normalmente é cedo para vaticinar destinos, mas a qualidade de “Revealed In Profane Splendour” quase que nos garante um futuro risonho para este quarteto londrino.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira