O inicio das hostilidades no Mosher Fest ficou a cargo dos Analepsy, naquela que foi a estreia do grupo em Coimbra. Ainda perante uma casa meio vazia e ânimos mornos, a banda subiu ao palco para mostrar que a fama que tem tido nos últimos meses não é uma mera coincidência. Um pequeno problema técnico com uma das guitarras atrasou um pouco o espectáculo logo na primeira música, mas com o problema resolvido a banda partiu para uma boa prestação. Devido ao seu estilo musical ser um pouco mais extremo, pareceram um pouco desenquadrados no cartaz, mas foram bem recebidos e mostraram que continuam a evoluir bastante, desde os primeiros concertos de há apenas uns meses.
Em seguida foi a vez dos Primal Attack subirem ao palco. Já com uma casa quase cheia, a banda entrou em palco pronta para dar o seu melhor. Demonstraram uma grande presença em palco, o que provocou o público, que inicialmente se demonstrou um pouco mais calmo, mas depois foi aquecendo, culminando num estado de festa com muito movimento e mosh pelo meio. Destaque para a música “Despise You All”, que contou mais uma vez, com a participação do vocalista de Switchtense.
Os WAKO aproveitaram o excelente ambiente que se estava a viver. Houve do início ao fim muita movimentação do público, stage diving, crowd surfing e muito mosh, que tornaram o espaço à frente do palco numa autêntica batalha campal. Quanto à prestação da banda, as expectativas não saíram defraudadas com certeza.
Por fim, o momento mais esperado da noite, o regresso de Switchtense a Coimbra. Com os ânimos já em altas, o concerto de Switchtense foi a cereja no topo do bolo. Tal como em todas as outras visitas do grupo à cidade de Coimbra, o caos foi a palavra da ordem. Foi uma hora de pura destruição, na qual tanto a banda como o público deram o tudo por tudo. Foi o final perfeito para uma grande noite de concertos. Foi um excelente capitulo inicial do Mosher Fest, que venham muitos mais. São noites como estas repletas de boa música, casa cheia e um bom espírito de amizade, que mostram que o underground em Portugal está vivo e de boa saúde. Arrisco-me até a dizer que foi uma autêntica chapada de luva branca a todos os críticos de sofá e das redes sociais que só sabem desfazer sem argumentos, tudo aquilo que se faz de melhor no metal nacional.
Texto por Rita Limede
Fotografia por Júlio Martins
Agradecimentos: Mosher