Os Lizzard são um power trio francês que causou algum burburinho com a sua estreia “Out Of Reach” lançada há dois anos atrás e que agora volta de forma majestosa com este segundo trabalho, que é nitidamente produto de uma evolução sentida e de muito trabalho árduo. Não se pode dizer que o metal seja o seu género de eleição mas existem aqui diversos pontos em comum. Na verdade, o seu som é um pouco inqualificável, o que normalmente ou é muito bom ou é muito mau. Neste caso, o resultado é sem dúvida positivo. Tendo mais em comum com a faceta alternativa do som pesado do que propriamente com o metal em si, “Majestic” é um bom testemunho em como que a música alternativa, fora dos clichés tradicionais do género, é uma forma válida de expressão como outra qualquer.
Quando se fala em alternativo e em resultados positivos, mesmo estando fora do alcance dos lugares comuns tradicionais do género (principalmente estando fora do alcance), um dos primeiros nomes que surge na mente como influência são os inevitáveis Tool. Aqui isso acontece, mas de forma suave, já que a banda já tem uma identidade bem definida. Essa identidade manifesta-se em momentos como a instrumental “Just Breath”, onde revela uma sensibilidade quase progressiva de extremo bom gosto – sensibilidade essa que se espalha um pouco por todo lado sendo que o outro momento onde a mesma se intensifica de igual modo é na “Circles”.
Este trabalho será sem dúvida uma boa surpresa para todos os que não o conheciam e para todos os apreciadores de música pesada fora dos parâmetros impostos por qualquer dos estilos. Com um sentido de melodia, de peso e de um dom para criar verdadeiras músicas, “Majestic” apresenta ao mundo (esperemos que a um mundo mais extenso do que o primeiro trabalho) uma banda com capacidade para chegar ao grande público, isto numa altura em que cada vez que se encontra eventuais “next big thing”, o resultado são desilusões tão grandes como as expectativas. Aqui as expectativas são criadas pela qualidade (enorme) da sua música. Boa surpresa, bom álbum, excelente banda.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
Quando se fala em alternativo e em resultados positivos, mesmo estando fora do alcance dos lugares comuns tradicionais do género (principalmente estando fora do alcance), um dos primeiros nomes que surge na mente como influência são os inevitáveis Tool. Aqui isso acontece, mas de forma suave, já que a banda já tem uma identidade bem definida. Essa identidade manifesta-se em momentos como a instrumental “Just Breath”, onde revela uma sensibilidade quase progressiva de extremo bom gosto – sensibilidade essa que se espalha um pouco por todo lado sendo que o outro momento onde a mesma se intensifica de igual modo é na “Circles”.
Este trabalho será sem dúvida uma boa surpresa para todos os que não o conheciam e para todos os apreciadores de música pesada fora dos parâmetros impostos por qualquer dos estilos. Com um sentido de melodia, de peso e de um dom para criar verdadeiras músicas, “Majestic” apresenta ao mundo (esperemos que a um mundo mais extenso do que o primeiro trabalho) uma banda com capacidade para chegar ao grande público, isto numa altura em que cada vez que se encontra eventuais “next big thing”, o resultado são desilusões tão grandes como as expectativas. Aqui as expectativas são criadas pela qualidade (enorme) da sua música. Boa surpresa, bom álbum, excelente banda.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
