About Me

Entrevista aos Unearth

Oriundos do Massachusetts, estes meninos já andam a espalhar boa música desde 1998. Falamos dos Unearth, que com o seu metalcore americano, afirmam que estão aqui para ficar. Lançaram o novo álbum “Watchers of Rule”, sexto álbum de estúdio e, com isso, mostraram que a agressividade das suas músicas continua implacável. Esta é a sua afirmação. Tivemos o prazer de falar com o vocalista, Trevor Phipps, que nos falou deste álbum, do seu processo de criação e da banda em si. 

M.I. - Primeiro de tudo, deixa-me desde já agradecer por responderes a esta entrevista! Vamos começar pelo vosso novo álbum “Watchers Of Rule”. Fala-nos um pouco sobre ele.

O álbum é pesado, agressivo, rápido e implacável, tudo isto enquanto tem a suficiente melodia proveniente da guitarra e dinamismo para evitar que os vossos tímpanos se destruam. 


M.I. - Como tem sido o feedback até agora?

O feedback tem sido fantástico em todos os sentidos, tanto o do nossos fãs como o dos críticos. Eu estou satisfeito com o facto de que as pessoas estão a ouvir aquilo que nós ouvimos nas músicas. Muito trabalho árduo foi aplicado neste álbum e é como uma recompensa sentir que as pessoas estão a retirar tanto como nós retiramos.


M.I. - Qual é o elemento que mais define Unearth que sem dúvida alguma tinha de estar no “Watchers of Rule”?

Este é o nosso sexto álbum de estúdio, então este álbum tinha de ser como que uma afirmação para nós. Nós superamo-nos e fomos mais além com a parte pesada, a velocidade e a progressão dos nossos materiais anteriores como que um dedo do meio erguido para saudar aqueles que se calhar duvidaram de nós ou estavam à espera que nos desvanecêssemos. Nós estamos aqui para ficar e vamos continuar a compor o melhor metal moderno álbum depois de álbum.


M.I. - Falando do vosso caminho desde o primeiro álbum “The Stings of Conscience” até este último, vocês tentam manter o mesmo tipo de linha condutora ao longo do tempo ou o processo é apenas algo que vai surgindo naturalmente?

Todo o álbum é escrito de forma diferente mas a pintura principal é, por norma, os guitarristas criam riffs e a partir daí tudo se compõe. Eu escrevo as letras quando as músicas estão completas. A forma como nós terminamos o produto mudou ao longo dos anos, tendo em conta a possibilidade de enviar ficheiros por email e gravar demos nas nossas casas. Isto tudo acelera o processo e permite-nos trocar ideias mais facilmente. Nós até tivemos situações em que praticávamos as músicas virtualmente durante o processo de composição do álbum no Google Chat. 


M.I. - Há alguma música em particular que destacarias neste novo álbum?

“Never Cease” e “Trail to Fire” são duas das faixas que mais gosto do álbum. O groove e o tema que inspira da “Never Cease” leva-me a essa música muita vez, enquanto a agressividade, aquele “breackneck” pesado e a melodia de “Trail to Fire” infiltra-se no meu cérebro. 


M.I. - Apenas por curiosidade, que influências tem todos têm em comum e quais as que são individuais, que podem influenciar o vosso processo de criação?

O nosso campo em comum são aquelas bandas que nós ouvimos enquanto crescíamos: Pantera, Testament, In Flames, Earth Crisis, Visions of Disorder, Sick of it All, Sepultura, Megadeth, Metallica, At the Gates, Iron Maiden, Morbid Angel, etc.. Mais ao menos os tardios anos 80 e 90 de metal e hardcore. Os nossos “guilty pleasures” que não encontram o seu caminho para compormos podem ser o meu constante rondar pelo dark folk e Guns’n’Roses num período mais inicial. O Ken tem um affair com pop rock, o Buzz tem uma pequena obsessão por Yacht Rock e Nicks sente-se mais na onda do prog. 


M.I. - Conta-nos algo engraçado que vos tenha acontecido durante uma tour ou um concerto. 

Uma tour pode ser aquilo que tu fizeres dele e nós tivemos alguns tempos loucos ao longo dos anos. Nós uma vez deixamos o nosso baterista (na altura o Mike Justian) e o Ken num festival na Alemanha por acidente. O Bus ligou-nos às 5 da manhã e o Mike tinha desmaiado numa casa de banho por beber demasiado e o Ken foi tomar duche. Nós estávamos a dormir e o condutor não sabia que eles não estavam ali. Quando eles regressaram ao autocarro, nós já ali não estávamos. O Mike tinha vómito por toda a roupa e o Ken apenas tinha uns calções e umas sandálias com ele. Sendo assim, o festival, realizado numa pista de corrida, deu-lhes aos dois Jumpsuits que se usa no fosso da pista e pô-los numa viagem de comboio de 6 horas para chegarem ao próximo festival.


M.I. - Vocês tocaram em Portugal o ano passado. Como correu? Que acharam do público português?

Nós divertimo-nos e desejávamos ter ficado mais tempo. É complicado gerir o tempo quando temos sempre de fazer grandes viagens entre os concertos. Eu lembro-me dos fãs mostrarem muita paixão e de termos passado um bom bocado. 


M.I. - Mais uma vez, obrigado pelo teu tempo. Desejo tudo de bom com o novo álbum! Algumas palavras para os vocês fãs portugueses? 

Obrigado pelo apoio e veremo-vos em breve! Dêem uma olha no nosso álbum “Watchers of Rule”. 

Entrevista por Sara Leitão