Os Einherjer foram uma das primeiras bandas, senão a primeira a reclamar que o som que tocavam era Viking Metal – mesmo admitindo que toda e qualquer inspiração em termos musicais e líricos tenha vindo da segunda fase da carreira dos Bathory. Esse facto não se traduz numa carreira fulgurante, embora possa ser apreciada, sem dúvida, a sua evolução, e alguns dos seus trabalhos, como sendo qualidade acima da média, no caso do “Norwegian Native Art” e “Blot”. A banda encerrou actividade entretanto e voltou aos álbuns com “Norrøn” em 2011, com uma abordagem ligeiramente mais complexa, e três anos depois volta à carga com este “Av Oss, For Oss”, o seu sexto longa duração.
Aqui, a banda surge bem mais simples do que aquilo que o último trabalho sugeriria, embora a sua identidade lírica se mantenha intacta. Depois da intro da praxe com “Fremad”, a cavalgada de “Hammer I Kors” mostra que a banda norueguesa optou por simplificar as coisas e torna-las bem mais in your face, mais… heavy metal. Algo que os constantes solos ao longo deste trabalho comprovam. Essa aposta na simplicidade acaba por ser vencedora já que há uma série de malhas que ficam imediatamente – “Nidstong” é o que se pode chamar o cruzamento da quinta dimensão, onde teríamos os Ramsteinn a tocar música extrema. Só que teriam de ser uns Ramsteinn a incluir curtos solos de guitarra cheios de feeling.
Normalmente quando uma banda começa a tornar o seu som demasiado acessível, o resultado pode não ser completamente satisfatório, mas neste caso o sentido é inverso. O som está mais simples mas a eficácia é maior, mesmo que essa simplicidade escondam pormenores nos arranjos que até se revelam algo surpreendentes, como os pormenores dos teclados que dão aquele efeito atmosférico necessário para que as músicas ainda fiquem mais intensas. Têm também muitos ganchos que permitem que fiquem na memória logo à primeira, sem, no entanto, sofrerem com o desgaste das constantes audições, o que se adivinha que será um álbum ao qual se vai voltar bastantes vezes no futuro. Mas, e este é um grande “mas”, o facto da fórmula ser um pouco mais simples, não quer dizer que não se tenham músicas longas, sendo que as últimas duas têm respectivamente sete e dez minutos. O curioso é que mesmo com essa duração, o efeito imediato não se perde, sendo acrescido o factor épico e melódico. Um bom e, em certa forma, surpreendente regresso.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Aqui, a banda surge bem mais simples do que aquilo que o último trabalho sugeriria, embora a sua identidade lírica se mantenha intacta. Depois da intro da praxe com “Fremad”, a cavalgada de “Hammer I Kors” mostra que a banda norueguesa optou por simplificar as coisas e torna-las bem mais in your face, mais… heavy metal. Algo que os constantes solos ao longo deste trabalho comprovam. Essa aposta na simplicidade acaba por ser vencedora já que há uma série de malhas que ficam imediatamente – “Nidstong” é o que se pode chamar o cruzamento da quinta dimensão, onde teríamos os Ramsteinn a tocar música extrema. Só que teriam de ser uns Ramsteinn a incluir curtos solos de guitarra cheios de feeling.
Normalmente quando uma banda começa a tornar o seu som demasiado acessível, o resultado pode não ser completamente satisfatório, mas neste caso o sentido é inverso. O som está mais simples mas a eficácia é maior, mesmo que essa simplicidade escondam pormenores nos arranjos que até se revelam algo surpreendentes, como os pormenores dos teclados que dão aquele efeito atmosférico necessário para que as músicas ainda fiquem mais intensas. Têm também muitos ganchos que permitem que fiquem na memória logo à primeira, sem, no entanto, sofrerem com o desgaste das constantes audições, o que se adivinha que será um álbum ao qual se vai voltar bastantes vezes no futuro. Mas, e este é um grande “mas”, o facto da fórmula ser um pouco mais simples, não quer dizer que não se tenham músicas longas, sendo que as últimas duas têm respectivamente sete e dez minutos. O curioso é que mesmo com essa duração, o efeito imediato não se perde, sendo acrescido o factor épico e melódico. Um bom e, em certa forma, surpreendente regresso.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira