Antes de mais, e tem de ser dito, Dickless Tracy é provavelmente o nome mais parvo para uma banda ter. Ainda se fosse uma banda de hard rock/sleazy/glam ou até mesmo uma música a tentar ser engraçada, poderia até tentar se perceber a razão deste nome, mas quando a proposta sónica se refere a death metal… então ainda mais parvo é. De qualquer forma, esta banda eslovaca não é propriamente estreante. A banda já tem mais de quinze de anos de carreira é um dos colectivos mais fortes do underground esloveno. No quadro geral europeu, isso pode não significar muito, mas não existem dúvidas que a banda é bastante activa – mesmo que por vezes se submetam a alguns períodos prolongados de silêncio, como é o caso daquele que antecedeu este seu quarto álbum.
O nome é tão nefasto que se fica tentado a deixar-se embalar por aquilo que o mesmo transmite e que se trata este trabalho como um lançamento menor do underground, não lhe dando a mínima hipótese e ao seu conteúdo. Com “Revenants”, a faixa que abre o álbum, só mesmo uma mente muito obtusa e obstinada manteria o preconceito e o julgamento. Com uma produção que serve na perfeição o seu death metal, essa música revela-se como uma grande malha do género que apesar de não ser a oitava maravilha do mundo, definitivamente cumpre com distinção os requisitos necessários para ser levado a sério.
A temática lírica também surpreende pela sua maturidade – quer dizer, considerando que o género é death metal e daquilo que o trocadilho da nome da banda sugere - e juntando à música, a surpresa no global é bastante positiva. A banda oferece um álbum sólido, sem ter nenhum filler propriamente dito (ou seja, equilibrado) e ao mesmo tempo, sem apresentar nada propriamente revolucionário, apenas focando-se em alguns lugares comuns que são essenciais para que uma proposta de death metal seja agradável para aqueles que o apreciam. Apesar do nome idiota.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
O nome é tão nefasto que se fica tentado a deixar-se embalar por aquilo que o mesmo transmite e que se trata este trabalho como um lançamento menor do underground, não lhe dando a mínima hipótese e ao seu conteúdo. Com “Revenants”, a faixa que abre o álbum, só mesmo uma mente muito obtusa e obstinada manteria o preconceito e o julgamento. Com uma produção que serve na perfeição o seu death metal, essa música revela-se como uma grande malha do género que apesar de não ser a oitava maravilha do mundo, definitivamente cumpre com distinção os requisitos necessários para ser levado a sério.
A temática lírica também surpreende pela sua maturidade – quer dizer, considerando que o género é death metal e daquilo que o trocadilho da nome da banda sugere - e juntando à música, a surpresa no global é bastante positiva. A banda oferece um álbum sólido, sem ter nenhum filler propriamente dito (ou seja, equilibrado) e ao mesmo tempo, sem apresentar nada propriamente revolucionário, apenas focando-se em alguns lugares comuns que são essenciais para que uma proposta de death metal seja agradável para aqueles que o apreciam. Apesar do nome idiota.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
