Os Cinemuerte estão de volta. Para quem não os conhece, shame on you! São apenas uma das mais interessantes bandas portuguesas que temos actualmente - tentar descrevê-los será provavelmente redutor, já que têm a sua identidade bem firmada/formada e o uso da electrónica está tão presente como os elementos rock - que está de volta após o terceiro álbum lançado três anos atrás. Este EP é o primeiro de uma trilogia que deverão sair de rajada. A avaliar pela qualidade do tema "Dog", que teve direito a um video clip, há aqui razões suficientes para manter pressionado o botão do repeat. Com um sentido de equilíbrio excepcional entre o peso, a melodia e as características que uma música pop deve ter para cativar o público é impossível ficar indiferente a estes cinco temas.
Quando se fala em música pop, devemos ter em conta apenas a forma como as músicas são imediatas, no entanto, o que muda é que elas não envelhecem rapidamente. Atrevo-me a dizer que são à prova de repetidas audições. Quanto mais se ouve mais se gosta, não se gastam. A voz de Sophia fala-nos ao coração, como se fossem desabafos, conversas da nossa própria voz interior, conseguindo dar à música a intensidade e dinâmica necessárias para que fique continuamente mais interessante. Impossível não cantarolar "I'm Too Much Here Without You", impossível não viajar ao som de "The Park", depois de automaticamente fechar os olhos.
Os Cinemuerte continuam a ser um dos nossos melhores tesouros no que à música pesada, alternativa, moderna diz respeito, no entanto, continua a ser um crime que ainda não sejam conhecidos como merecem no seu próprio país. Um EP a devorar, que só não sabe a pouco devido a essa maravilhosa invenção que foi o botão repeat.
Nota: 8.8/10
Review por Fernando Ferreira
Quando se fala em música pop, devemos ter em conta apenas a forma como as músicas são imediatas, no entanto, o que muda é que elas não envelhecem rapidamente. Atrevo-me a dizer que são à prova de repetidas audições. Quanto mais se ouve mais se gosta, não se gastam. A voz de Sophia fala-nos ao coração, como se fossem desabafos, conversas da nossa própria voz interior, conseguindo dar à música a intensidade e dinâmica necessárias para que fique continuamente mais interessante. Impossível não cantarolar "I'm Too Much Here Without You", impossível não viajar ao som de "The Park", depois de automaticamente fechar os olhos.
Os Cinemuerte continuam a ser um dos nossos melhores tesouros no que à música pesada, alternativa, moderna diz respeito, no entanto, continua a ser um crime que ainda não sejam conhecidos como merecem no seu próprio país. Um EP a devorar, que só não sabe a pouco devido a essa maravilhosa invenção que foi o botão repeat.
Nota: 8.8/10
Review por Fernando Ferreira