Há um encanto qualquer na música instrumental que é misterioso mas eficaz para aqueles que têm prazer em fechar os olhos e viajar em cima das ondas sonoras que vão recebendo. Os Broughton's Rules são aquilo que se convenciona chamar de super-grupo porque junta uma série de músicos de outras bandas onde se destacam os Don Caballero e Blunderbuss, e lançam este “Anechoic Horizon” uma espécie de mistura entre post-rock e stoner instrumental, sem falar de um certo psicadelismo muito próprio do final dos anos sessenta e de algo que até poderia figurar como banda sonora composta por Enio Morricone.
Classificá-los como apenas uma destas categorias seria extremamente redutor, mas na verdade nem todas elas juntas definem na perfeição o que se pode ouvir aqui, o que pode ser, desde já, um excelente indicativo para a sua qualidade. Tudo o que sai da norma (e que seja minimamente agradável de ouvir ou que pelo menos nos puxe para mais audições) deve ter interesse o suficiente para que seja apreciado. Com algumas músicas com uma longa duração, em especial o tema título, o álbum nunca cansa e tem bastante dinâmica, principalmente para quem for apreciador de bandas sonoras. Pegando na referida faixa-título, seria ideal para um momento de tensão, para a construção e acumular dessa tensão e depois o devido climax, para depois voltar novamente a acumular ainda mais tensão.
Apenas um pequeno exemplo de como este trabalho consegue captar a atenção, mesmo sendo instrumental. Como consegue falar com o ouvinte mesmo que não existam palavras nenhumas além daquelas que servem como designação para as diferentes faixas. Diferentes estados de espírito, diferentes cores, este é um trabalho que fugindo à fórmula típica do post-rock (que convenhamos, já enjoa hoje em dia) consegue agradar a todos os seus apreciadores, juntando melodia, o elemento épico, um certo factor atmosférico e mais coisas estranhas e aparente díspares mas que conjugadas, funcionam muito bem.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Classificá-los como apenas uma destas categorias seria extremamente redutor, mas na verdade nem todas elas juntas definem na perfeição o que se pode ouvir aqui, o que pode ser, desde já, um excelente indicativo para a sua qualidade. Tudo o que sai da norma (e que seja minimamente agradável de ouvir ou que pelo menos nos puxe para mais audições) deve ter interesse o suficiente para que seja apreciado. Com algumas músicas com uma longa duração, em especial o tema título, o álbum nunca cansa e tem bastante dinâmica, principalmente para quem for apreciador de bandas sonoras. Pegando na referida faixa-título, seria ideal para um momento de tensão, para a construção e acumular dessa tensão e depois o devido climax, para depois voltar novamente a acumular ainda mais tensão.
Apenas um pequeno exemplo de como este trabalho consegue captar a atenção, mesmo sendo instrumental. Como consegue falar com o ouvinte mesmo que não existam palavras nenhumas além daquelas que servem como designação para as diferentes faixas. Diferentes estados de espírito, diferentes cores, este é um trabalho que fugindo à fórmula típica do post-rock (que convenhamos, já enjoa hoje em dia) consegue agradar a todos os seus apreciadores, juntando melodia, o elemento épico, um certo factor atmosférico e mais coisas estranhas e aparente díspares mas que conjugadas, funcionam muito bem.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira