As imagens por vezes dão-nos uma ideia completamente diferente daquilo que depois ouvimos, isto no caso da música, claro. Se olharmos para os Black Veil Brides, pensamos em algo industrial, electro goth. Quando "Heart Of Fire" começa a tocar, é impossível não ter a forte tentação de olhar para a capa do CD, para o título das músicas, para verificar se não houve uma troca ou confusão qualquer. Claro que isto acontece para quem está a chegar à banda pela primeira vez apenas com este álbum auto-intitulado, que é já o seu quarto da discografia. Todos os outros já sabem que o que temos aqui é hard rock modernizado (e plastificado segundo a opinião de muita boa gente) e extremamente orelhudo.
Críticas à parte, deve-se avaliar este trabalho por aquilo que é, e não por aquilo que a banda fez ou pela sua imagem. E fazendo isso, chega-se rapidamente à conclusão de que existem injustiças nas coisas que dizem da banda, mas que nem todas as críticas são infundadas. O grande problema deste tipo de trabalho é o mesmo problema que existe com as pipocas. São doces e viciantes, mas chega a um momento em que se está completamente enjoado. Isto para dizer que temas como "Faithless" e "Devil In The Mirror" são viciantes, com alguns pormenores de bateria interessantes, mas também depressa provocam enfartamento. Como a música pop, a sua duração é extremamente limitada, mesmo que este trabalho seja o mais maduro e bem conseguido da carreira da banda.
A bateria, como já referido, é um bom ponto de destaque, assim como alguns detalhes de guitarra (ouvir o solo da "Last Rites"), mas o prato principal deste álbum são mesmo os refrões orelhudos(por vezes a soar tão azeiteiro comos sucessos de Verão do Iran Costa), que mascaram de forma quase perfeita a pouca validade que as músicas têm. Quase. O feeling de todas as músicas soarem ao mesmo e deste álbum soar ao anterior e o anterior ao anterior desse, e por aí a fora, é difícil de desaparecer, por muitas mudanças que existam a nível sonoro, que até nem são assim muito significativas. Bom trabalho de hard rock musculado, apostado em buscar pela fama de bandas da década de oitenta, mas que é topado quase à légua.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
Críticas à parte, deve-se avaliar este trabalho por aquilo que é, e não por aquilo que a banda fez ou pela sua imagem. E fazendo isso, chega-se rapidamente à conclusão de que existem injustiças nas coisas que dizem da banda, mas que nem todas as críticas são infundadas. O grande problema deste tipo de trabalho é o mesmo problema que existe com as pipocas. São doces e viciantes, mas chega a um momento em que se está completamente enjoado. Isto para dizer que temas como "Faithless" e "Devil In The Mirror" são viciantes, com alguns pormenores de bateria interessantes, mas também depressa provocam enfartamento. Como a música pop, a sua duração é extremamente limitada, mesmo que este trabalho seja o mais maduro e bem conseguido da carreira da banda.
A bateria, como já referido, é um bom ponto de destaque, assim como alguns detalhes de guitarra (ouvir o solo da "Last Rites"), mas o prato principal deste álbum são mesmo os refrões orelhudos(por vezes a soar tão azeiteiro comos sucessos de Verão do Iran Costa), que mascaram de forma quase perfeita a pouca validade que as músicas têm. Quase. O feeling de todas as músicas soarem ao mesmo e deste álbum soar ao anterior e o anterior ao anterior desse, e por aí a fora, é difícil de desaparecer, por muitas mudanças que existam a nível sonoro, que até nem são assim muito significativas. Bom trabalho de hard rock musculado, apostado em buscar pela fama de bandas da década de oitenta, mas que é topado quase à légua.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira