A eterna luta do death metal técnico é, ou pelo menos deveria ser, o equilíbrio entre a vontade visceral de exibir os dotes das habilidades dos seus executantes e ter-se músicas que não sejam meras desculpas para essas mesmas exibições. Ou seja, músicas que tenham melodia e ganchos suficientes que consigam captar e cativar a atenção dos ouvintes. Se falarmos também em death metal técnico, o Canadá é um dos países incontornáveis e é de lá que surgem os Beyond Creation com o seu segundo trabalho.
Pegando naquilo que foi falado atrás, a banda dá um salto evolutivo e traz-nos um trabalho que faz o equilíbrio quase perfeito (se não mesmo perfeito) entre estas duas vertentes, composto por uma série de músicas viciantes que dificilmente deixam o ouvinte depois de experimentadas. Ouçam o tema título só para ter uma pequena ideia do que se está aqui a falar. Para tornar as coisas mais interessantes, há um nítido sabor jazz nas músicas, o que ainda torna mais admirável a forma como as mesmas são viciantemente catchy, como a instrumental “Abstrait Dialog”.
Talvez o elemento mais banal seja mesmo a voz. Apesar de não ser um registo unidimensional, alternando entre o gutural e a voz mais rasgada, parece destoar da perfeição técnica que se pode ouvir instrumentalmente. No entanto, o peso menos positivo que possa ter este elemento é completamente aniquilado pela exuberância técnica de todos os restantes instrumentos. Obviamente que a guitarra acaba por ser aquele que mais se destaca, afinal os solos aqui contidos são uma coisa do outro mundo, mas será impossível não destacar de igual forma o trabalho rítmico. Quando todas as partes transpiram excelência, o resultado final só pode ser excelente. Caso ainda subsistissem dúvidas, a banda termina o álbum de forma magistral e triunfante com a sequência “Theatrical Delirium” e “Fundamental Process”. Obrigatório.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
Pegando naquilo que foi falado atrás, a banda dá um salto evolutivo e traz-nos um trabalho que faz o equilíbrio quase perfeito (se não mesmo perfeito) entre estas duas vertentes, composto por uma série de músicas viciantes que dificilmente deixam o ouvinte depois de experimentadas. Ouçam o tema título só para ter uma pequena ideia do que se está aqui a falar. Para tornar as coisas mais interessantes, há um nítido sabor jazz nas músicas, o que ainda torna mais admirável a forma como as mesmas são viciantemente catchy, como a instrumental “Abstrait Dialog”.
Talvez o elemento mais banal seja mesmo a voz. Apesar de não ser um registo unidimensional, alternando entre o gutural e a voz mais rasgada, parece destoar da perfeição técnica que se pode ouvir instrumentalmente. No entanto, o peso menos positivo que possa ter este elemento é completamente aniquilado pela exuberância técnica de todos os restantes instrumentos. Obviamente que a guitarra acaba por ser aquele que mais se destaca, afinal os solos aqui contidos são uma coisa do outro mundo, mas será impossível não destacar de igual forma o trabalho rítmico. Quando todas as partes transpiram excelência, o resultado final só pode ser excelente. Caso ainda subsistissem dúvidas, a banda termina o álbum de forma magistral e triunfante com a sequência “Theatrical Delirium” e “Fundamental Process”. Obrigatório.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
