Embora o thrash possa ser apontado como um género em força (ou seja, a moda do momento) a verdade é que temos nos últimos anos muitas propostas doom (puro, tradicional, experimental, de tudo um pouco) a surgirem e a serem também uma razão para a formação de muitos chamados super-grupos. Os Anatomy Of Habit são um deles (juntando membros e ex-membros de bandas como Abigail Williams, Radar Eyes, Joan Of Arc, The Sea And The Cake, entre outros) e este é o seu segundo trabalho composto apenas por duas músicas, dois épicos de vinte minutos que são extremamente difíceis de digerir.
O primeiro tema “Radiate And Recede” (que também pode se dizer, a primeira metade) parece que vai buscar mais a melancolia do que propriamente o peso do doom, isto até chegar mais menos a metade do tema (isto funciona muito por metades, como já devem ter reparado). A melancolia típica de uma mistura entre new wave e indie alternativo, o que para doom, até é uma mistura estranha, obtendo resultados satisfatórios, apesar de tudo. Depois da explosão de voz extrema, o tema dá lugar a um doom funeral arraçado de drone vitaminado, que consegue manter os níveis de intensidade altos até ao seu final.
No segundo tema, “Then Window”, a coisa já muda de figura e começa logo com distorção e feedback a ressoar, imprimindo um maior peso e uma maior vida rítmica, embora a voz de Mark Solotroff continue a invocar o espírito new wave dos idos de inícios da década de oitenta. Os níveis de interesse neste tema sobem bastante já que o tema tem uma dose de dinâmica bem mais elevada, mesmo se tornando numa espécie de exercício de chillout drone industrial, hipnótico. É um álbum, como disse, difícil de digerir mas que mesmo assim, é intrigante o suficiente para garantir uma série de audições sucessivas. Talvez não seja eficaz nem marcante, mas que é interessante e intrigante, lá isso é.
O primeiro tema “Radiate And Recede” (que também pode se dizer, a primeira metade) parece que vai buscar mais a melancolia do que propriamente o peso do doom, isto até chegar mais menos a metade do tema (isto funciona muito por metades, como já devem ter reparado). A melancolia típica de uma mistura entre new wave e indie alternativo, o que para doom, até é uma mistura estranha, obtendo resultados satisfatórios, apesar de tudo. Depois da explosão de voz extrema, o tema dá lugar a um doom funeral arraçado de drone vitaminado, que consegue manter os níveis de intensidade altos até ao seu final.
No segundo tema, “Then Window”, a coisa já muda de figura e começa logo com distorção e feedback a ressoar, imprimindo um maior peso e uma maior vida rítmica, embora a voz de Mark Solotroff continue a invocar o espírito new wave dos idos de inícios da década de oitenta. Os níveis de interesse neste tema sobem bastante já que o tema tem uma dose de dinâmica bem mais elevada, mesmo se tornando numa espécie de exercício de chillout drone industrial, hipnótico. É um álbum, como disse, difícil de digerir mas que mesmo assim, é intrigante o suficiente para garantir uma série de audições sucessivas. Talvez não seja eficaz nem marcante, mas que é interessante e intrigante, lá isso é.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira