A Relapse sempre se notabilizou pelas suas propostas mais extremas, quer em termos de violência sonora, quer através da dificuldade de categorização/identificação. No entanto, também propostas destas, talvez movidas por algum factor nostálgico, onde basta o início de um tema para facilmente se dissecar e é o que acontece com este “Obsolecence”, dos Abysmal Dawn. A melhor forma de os descrever será apenas com o termo…: “Death Metal”. Simplesmente isto. Death metal como mandam as regras do estilo, embora não se possa dizer que seja uma abordagem puramente old school.
Claro que uma entrada como “Loathed In Life/Praised In Death” é do mais clássico que há memória, mas a verdade é que também existe aqui um espírito moderno, principalmente no que à produção diz respeito. Como se fosse feita uma viagem no tempo e se fosse para a década de noventa, com os meios e conhecimentos que temos hoje. Riffs catchy e solos viciantes – e sim, continuamos a falar de death metal – junto com os meios técnicos que são a receita para um excelente tema. Ao quarto álbum, e com uma carreira relativamente regular em termos de edições, o grupo norte-americano marca aqui uma forte posição em relação à qualidade do seu trabalho, caso ainda existissem dúvidas acerca desse facto.
Se a originalidade é um requisito, este será um álbum problemático de apreciar, já que mesmo não sendo propriamente uma cópia de bandas como Malevolent Creation, Monstuosity ou Hate Eternal, também não se pode dizer que seja uma lufada de ar fresco. No entanto, quem gosta de death metal, gosta de death metal e é impossível ficar indiferente a malhões como “Inanimate” e “Laborem Morte Liberat Te”, sem falar na interessantíssima cover dos Dissection, “Night’s Blood”. Resumindo e baralhando, é um álbum de death metal dos bons tempos, daqueles em que as coisas era bem mais simples na música extrema. É essa simplicidade que triunfa aqui.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Claro que uma entrada como “Loathed In Life/Praised In Death” é do mais clássico que há memória, mas a verdade é que também existe aqui um espírito moderno, principalmente no que à produção diz respeito. Como se fosse feita uma viagem no tempo e se fosse para a década de noventa, com os meios e conhecimentos que temos hoje. Riffs catchy e solos viciantes – e sim, continuamos a falar de death metal – junto com os meios técnicos que são a receita para um excelente tema. Ao quarto álbum, e com uma carreira relativamente regular em termos de edições, o grupo norte-americano marca aqui uma forte posição em relação à qualidade do seu trabalho, caso ainda existissem dúvidas acerca desse facto.
Se a originalidade é um requisito, este será um álbum problemático de apreciar, já que mesmo não sendo propriamente uma cópia de bandas como Malevolent Creation, Monstuosity ou Hate Eternal, também não se pode dizer que seja uma lufada de ar fresco. No entanto, quem gosta de death metal, gosta de death metal e é impossível ficar indiferente a malhões como “Inanimate” e “Laborem Morte Liberat Te”, sem falar na interessantíssima cover dos Dissection, “Night’s Blood”. Resumindo e baralhando, é um álbum de death metal dos bons tempos, daqueles em que as coisas era bem mais simples na música extrema. É essa simplicidade que triunfa aqui.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira