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Valerian Swing - "Aurora" Review


Os Valerian Swing são um power trio italiano que ao longo da sua carreira tem aumentado a quantidade de vezes que usa a voz nas suas composições. “3 Juno” tem um início tipicamente post-rock embora esse feeling acabe por ir diluindo ao longo da faixa, acabando por ter mais peso os riffs angulares e algo matemáticos. A forma como a faixa chega rapidamente ao fim, sem se dar praticamente por ela, é um indicador (presságio?) de como as coisas se vão proceder durante a primeira audição deste trabalho e tal não se desmente. Algo que as posteriores audições confirmam.

Uma boa surpresa é também a forma como a melodia é incrementada neste trabalho. Normalmente quando se fala em riffs angulares e matemáticos, não se espera que o próximo elemento característico seja a melodia. No entanto, é o que se tem com “Scilla”, apenas para citar um rápido exemplo, em mais uma música em que o tempo passa rápido de uma forma criminosa, um sentimento comum a muitas outras faixas, como na progressiva “Cariddi”, que tem mais dinâmica de que muitos álbuns que por aí andam.

Tentar definir Aurora é como tentar definir aquilo que se tem quando se junta num pote bandas como Yes, King Crimson, The All Star Project, Karma To Burn, Radiohead, God Is An Astronaut e até em doses muito reduzidas, apenas um cheirinho apenas, Dillinger Escape Plan. Ou seja, impossível de definir ou até de encontrar sentido. Pelo menos no papel, porque na prática, isto resulta na perfeição. Um álbum que mostra uma evolução brutal por parte da banda e que será um vício para aqueles que pensavam que o post-rock não tinha nada de novo para mostrar. Existem sempre coisas novas para mostrar, é preciso é ter talento para as criar, coisa que abunda por aqui.


Nota:
8.6/10


Review por Fernando Ferreira