Não é preciso muito para o mundo acabar. Se o caso depender do tal julgamento final, não se adivinham anos de espera como nos tribunais portugueses. Bastam vinte e dois minutos, onde os Torch Runner são juízes, júri e executores, apontando o dedo a todos e disparando em todas as direcções. Ao segundo álbum, a banda norte-americana chega, vê e enquanto vai, parte tudo no seu caminho. Desde a demónios interiores que teimam em não querer morrer, procura pelo sentido da vida, desesperança crónica, problemas de integração na sociedade, lavagem cerebral por grupos religiosos, dormência, entre muitas outras características daquilo que representa viver numa sociedade ocidental ou ocidentalizada.
Sonicamente, a banda é claramente grindcore mas com uma capa de death metal sueco. Aquele som característico Entombed dá o colorido vintage ameaçador a este trabalho e torna-o bem mais agressivo e original. As próprias composições, apesar de em média rondarem entre um minuto e dois, também têm alguma variedade (para isso também contribui a "Circle Of Shit", que tem uma toada mais doom e noise), o que fazem com que estes vinte e dois minutos não sejam uma grande bola de barulho do início ao fim. Até é, mas é uma bola de barulho que é perceptível nas suas trez partes/músicas que a compões.
A Southern Lord após apostar na reedição do álbum de estreia, também está por trás deste lançamento e é uma boa aposta, embora apesar da sua qualidade evidente, não nos apresente nada que nos fique marcado, no que ao grindcore javardo diz respeito. Mesmo assim, é um trabalho que ainda vai render umas boas rodagens nos ouvidos, o que também não é difícil dada a sua curta duração.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
Sonicamente, a banda é claramente grindcore mas com uma capa de death metal sueco. Aquele som característico Entombed dá o colorido vintage ameaçador a este trabalho e torna-o bem mais agressivo e original. As próprias composições, apesar de em média rondarem entre um minuto e dois, também têm alguma variedade (para isso também contribui a "Circle Of Shit", que tem uma toada mais doom e noise), o que fazem com que estes vinte e dois minutos não sejam uma grande bola de barulho do início ao fim. Até é, mas é uma bola de barulho que é perceptível nas suas trez partes/músicas que a compões.
A Southern Lord após apostar na reedição do álbum de estreia, também está por trás deste lançamento e é uma boa aposta, embora apesar da sua qualidade evidente, não nos apresente nada que nos fique marcado, no que ao grindcore javardo diz respeito. Mesmo assim, é um trabalho que ainda vai render umas boas rodagens nos ouvidos, o que também não é difícil dada a sua curta duração.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira