Segundo trabalho a solo do frontman dos Between The Buried And Me, Tommy Rogers, que apesar de sair apenas a vinte e cinco de Novembro, já está a deixar todos os fãs em pulgas e para quem não conhece o anterior álbum “Pulse” ou mesmo o seu trabalho com os BTAM, “Modern Noise” definitivamente agradará a para aqueles que procuram rock progressivo de qualidade. Sobre o título, Rogers disse que a música é sempre ruído moderno (a propósito do título do trabalho) e que ele apenas está a tentar, agora, nos dias em que vivemos, algo minimamente novo. Pode-se dizer que conseguiu sem grande esforço.
Após uma bem conseguida faixa instrumental, (“Wise And Silent”) que mistura ambient e electrónica, as coisas tornam-se mais sérias com “Mutilated World”, com uma sensibilidade melódica vocal assinalável, principalmente nos versos que precedem o refrão. Seria fácil dizer que pela sua melodia, de que se trata de uma faixa com potencial comercial, mas as rádios de hoje em dia não estão preparadas para este tipo de profundidade emocional. Acaba por ser um ponto válido para o resto do trabalho. Não quer dizer que o mesmo só seja pintado com estas cores. Se passarmos à frente, temos alguma intensidade com “Siphon The Bad Blood”, onde as guitarras tem uma palavra a dizer em volume mais elevado.
Desde um certo toque Radiohead, com um bonito solo à la David Gilmour em “I Appear Disappear”, passando pela “Blueberry Queen” com o seu feeling filme noir/jazz/blues até à algo metálica “M 3”, sem esquecer a singela melodia de piano da “Noise Upon”, trip hop com “The Devil Net” e a forma como o álbum termina, com o seu tema-título a conjugar tudo o que foi mostrado anteriormente. Poderá ser um trabalho a passar despercebido por aqueles que procuram emoções mais fortes mas os fãs do músico e de música progressiva em geral de certeza de que vão encontrar aqui matéria para muitas horas de introspecção. Recomendado.
Nota: 8.7/10
Review por Fernando Ferreira
Após uma bem conseguida faixa instrumental, (“Wise And Silent”) que mistura ambient e electrónica, as coisas tornam-se mais sérias com “Mutilated World”, com uma sensibilidade melódica vocal assinalável, principalmente nos versos que precedem o refrão. Seria fácil dizer que pela sua melodia, de que se trata de uma faixa com potencial comercial, mas as rádios de hoje em dia não estão preparadas para este tipo de profundidade emocional. Acaba por ser um ponto válido para o resto do trabalho. Não quer dizer que o mesmo só seja pintado com estas cores. Se passarmos à frente, temos alguma intensidade com “Siphon The Bad Blood”, onde as guitarras tem uma palavra a dizer em volume mais elevado.
Desde um certo toque Radiohead, com um bonito solo à la David Gilmour em “I Appear Disappear”, passando pela “Blueberry Queen” com o seu feeling filme noir/jazz/blues até à algo metálica “M 3”, sem esquecer a singela melodia de piano da “Noise Upon”, trip hop com “The Devil Net” e a forma como o álbum termina, com o seu tema-título a conjugar tudo o que foi mostrado anteriormente. Poderá ser um trabalho a passar despercebido por aqueles que procuram emoções mais fortes mas os fãs do músico e de música progressiva em geral de certeza de que vão encontrar aqui matéria para muitas horas de introspecção. Recomendado.
Nota: 8.7/10
Review por Fernando Ferreira