“The 8th Circus” soa como se fosse uma máquina do tempo a ser activada e na verdade até pode ser bem isso. Trazendo cheiros e sensações de quarenta, cinquenta anos atrás, o seu som vintage está completamente deslocado daquilo que se faz hoje em dia, mesmo tendo em consideração todas as tendências retro que por aí andam. Com a referida música a servir como intro (que poderia ser o início de um disco perdido de José Cid na sua época progressiva) é com “Morning Light” que se tem um contacto mais verdadeiro com o cerne deste projecto: pop rock como aquele que era feito em plena era flower power, transpirando tanta ingenuidade como a própria daquela época.
Mas o que é este The George-Edwards Group? Ao que parece é um segredo muito bem guardado. Com apenas um álbum editado em 1977, “38:38”, limitado unicamente a cem cópias, a banda perdeu o seu barco trinta anos atrás num mercado dominado pelo som disco. Mais de trinta anos depois, a Drag City descobriu este trabalho e resolveu editá-lo motivando a banda, composta por Edward S. Balian e por Ray George, a fazer um segundo trabalho, “Archives”, sendo que este “Chapter III” é, como o nome indica, o terceiro capítulo da saga da banda.
Apesar de haver qualidade reconhecida nas músicas aqui contidas, há também uma forte deslocação temporal. No entanto, a boa música, a verdadeira boa música é intemporal, e existem aqui boas músicas com as melodias intemporais a falarem mais alto embora a forma como as mesmas são apresentadas as traiam um pouco. De qualquer forma, é um trabalho interessante e que agradará a todos os fãs de música psicadélica e rock dos anos sessenta. Haverá alguma dificuldade para o metaleiro comum apreciar o que se ouve aqui, mas se a sua mente estiver aberta, não deverá ser muito complicado.
Nota: 6.1/10
Review por Fernando Ferreira
Mas o que é este The George-Edwards Group? Ao que parece é um segredo muito bem guardado. Com apenas um álbum editado em 1977, “38:38”, limitado unicamente a cem cópias, a banda perdeu o seu barco trinta anos atrás num mercado dominado pelo som disco. Mais de trinta anos depois, a Drag City descobriu este trabalho e resolveu editá-lo motivando a banda, composta por Edward S. Balian e por Ray George, a fazer um segundo trabalho, “Archives”, sendo que este “Chapter III” é, como o nome indica, o terceiro capítulo da saga da banda.
Apesar de haver qualidade reconhecida nas músicas aqui contidas, há também uma forte deslocação temporal. No entanto, a boa música, a verdadeira boa música é intemporal, e existem aqui boas músicas com as melodias intemporais a falarem mais alto embora a forma como as mesmas são apresentadas as traiam um pouco. De qualquer forma, é um trabalho interessante e que agradará a todos os fãs de música psicadélica e rock dos anos sessenta. Haverá alguma dificuldade para o metaleiro comum apreciar o que se ouve aqui, mas se a sua mente estiver aberta, não deverá ser muito complicado.
Nota: 6.1/10
Review por Fernando Ferreira
