Dez anos. Dez anos é demasiado tempo. Em dez anos, pessoas nascem, pessoas morrem, bandas começam, bandas acabam e no caso dos Neoplasmah, é o espaço entre os seus dois álbuns. Embora “Sidereal Passage” seja uma interessante estreia no panorama do death metal nacional, falhou em conseguir conciliar o factor técnico com o criar músicas memoráveis. É tendo presente esse facto e o primeiro trabalho na sua generalidade que este segundo álbum cai que nem uma bomba. Com a mesma formação de há dez anos atrás, formação essa bastante experiente onde pontificam Rolando Barros (The Firstborn, Grog, entre muitos outros) e Alexandre Ribeiro (também nos Grog).
A voz de Sofia está mesmo no ponto, ainda mais que no álbum anterior, e existe aqui um elemento que faz toda a diferença: melodia. A melodia faz com que “Auguring The Dusk Of A New Era” vá a todos os sítios que “Sidereal Passage” não foi e ainda mais além. Logo na primeira malha temos um bom exemplo. Pouco antes de chegar a metade temos umas melodias de voz limpa (que se estiverem a cargo de Sofia… BRAVO pela versatilidade) e a acompanhar uns solos de guitarra de extremo bom gosto, resultando numa impressionante abertura de álbum. O início “Ravishing Theatre Of Chaos” tira logo todas as dúvidas caso se pensasse que o tema anterior teria sido apenas um golpe de sorte e caso não se ficasse convencido, bastavam aquelas melodias neoclássicas em tremolo picking.
Conjugando uma maior maturidade na composição com pormenores de extremo bom gosto, não há um único momento fraco por aqui. São oito temas que dificilmente cansam, mesmo quando ouvidos em constante repetição (o que é uma consequência natural à primeira audição deste trabalho) e demonstram bem a evolução brutal que a banda soube abraçar. Se não é um dos grandes álbuns de death metal deste ano… nem sequer se coloca essa hipótese. É definitivamente um dos grandes álbuns de death metal deste ano e sem dúvida um daqueles que vai ficar na história do metal nacional.
Nota: 9.4/10
Review por Fernando Ferreira
A voz de Sofia está mesmo no ponto, ainda mais que no álbum anterior, e existe aqui um elemento que faz toda a diferença: melodia. A melodia faz com que “Auguring The Dusk Of A New Era” vá a todos os sítios que “Sidereal Passage” não foi e ainda mais além. Logo na primeira malha temos um bom exemplo. Pouco antes de chegar a metade temos umas melodias de voz limpa (que se estiverem a cargo de Sofia… BRAVO pela versatilidade) e a acompanhar uns solos de guitarra de extremo bom gosto, resultando numa impressionante abertura de álbum. O início “Ravishing Theatre Of Chaos” tira logo todas as dúvidas caso se pensasse que o tema anterior teria sido apenas um golpe de sorte e caso não se ficasse convencido, bastavam aquelas melodias neoclássicas em tremolo picking.
Conjugando uma maior maturidade na composição com pormenores de extremo bom gosto, não há um único momento fraco por aqui. São oito temas que dificilmente cansam, mesmo quando ouvidos em constante repetição (o que é uma consequência natural à primeira audição deste trabalho) e demonstram bem a evolução brutal que a banda soube abraçar. Se não é um dos grandes álbuns de death metal deste ano… nem sequer se coloca essa hipótese. É definitivamente um dos grandes álbuns de death metal deste ano e sem dúvida um daqueles que vai ficar na história do metal nacional.
Nota: 9.4/10
Review por Fernando Ferreira