Quando nos surge um álbum da Grécia pensa-se em black metal estranho ou então outro tipo de música extrema pouco usual. Os Lighfold estão aqui para provar que nem só de extremo se vive para os lados de Atenas. Este trabalho estreia a banda grega no que diz respeito aos longa durações e aquilo que apresenta é metal progressivo como aquele que se fazia no início da década de noventa, sendo algo possível a comparação com o primeiro álbum dos Dream Theater, "When Dream And Day Unite", aquele que contou com Charlie Dominici na voz. A única coisa próxima do black metal são mesmo os samples do filme "O Advogado do Diabo" na música "My Worried Mind", que até encaixam bem.
Tal como esse álbum, aqui também se pode verificar alguma ingenuidade de ideias, a precisar de algum amadurecimento, antes da banda se ter tornado aquilo que é hoje. Metal progressivo não é bem o estilo ao qual se decide tocar levianamente e assim que é tomada essa decisão, é bom que existam argumentos para a sustentar, nomeadamente, argumentos técnicos e de composição. No caso da primeira, sem dúvida que a banda tem talento para tal, principalmente o guitarrista Thanasis Labrakis. No entanto é na parte da composição que a coisa fica mais tremida já que além do já citado trabalho de guitarra, não existe mais pontos de destaque. Há três formas de encarar o metal progressivo. Ou o mesmo é uma forma de mostrar o talento da banda em tocarem, ou é uma forma de criarem músicas desafiantes ou os dois juntos. Aqui as músicas soam algo banais e os melhores momentos das mesmas são os solos de guitarra. A produção também soa pouco polida para algo que se quer imaculado.
Isto não quer dizer que este "Time To Believe" é tempo perdido para quem gosta de metal progressivo. A voz de Theodor Martinis tem um timbre clássico que lembra Dominici embora por vezes nos tons mais agudos pareça um pouco frágil. Quanto à composição, existem aqui boas ideias e boas indicações de que no futuro, se houve uma evolução mais acentuada, teremos uma grande banda, mas será para isso ser-se mais arrojado e encontrar inspiração ao mesmo sítio onde vão buscar emoção, já que emotividade é mesmo o ponto forte da banda (ouvir "You And Me" para ter uma ideia do que se está a dizer"). Aguardemos por essa evolução e por um segundo trabalho mais sólido e maduro. Por agora dá-se o benefício da dúvida.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
Tal como esse álbum, aqui também se pode verificar alguma ingenuidade de ideias, a precisar de algum amadurecimento, antes da banda se ter tornado aquilo que é hoje. Metal progressivo não é bem o estilo ao qual se decide tocar levianamente e assim que é tomada essa decisão, é bom que existam argumentos para a sustentar, nomeadamente, argumentos técnicos e de composição. No caso da primeira, sem dúvida que a banda tem talento para tal, principalmente o guitarrista Thanasis Labrakis. No entanto é na parte da composição que a coisa fica mais tremida já que além do já citado trabalho de guitarra, não existe mais pontos de destaque. Há três formas de encarar o metal progressivo. Ou o mesmo é uma forma de mostrar o talento da banda em tocarem, ou é uma forma de criarem músicas desafiantes ou os dois juntos. Aqui as músicas soam algo banais e os melhores momentos das mesmas são os solos de guitarra. A produção também soa pouco polida para algo que se quer imaculado.
Isto não quer dizer que este "Time To Believe" é tempo perdido para quem gosta de metal progressivo. A voz de Theodor Martinis tem um timbre clássico que lembra Dominici embora por vezes nos tons mais agudos pareça um pouco frágil. Quanto à composição, existem aqui boas ideias e boas indicações de que no futuro, se houve uma evolução mais acentuada, teremos uma grande banda, mas será para isso ser-se mais arrojado e encontrar inspiração ao mesmo sítio onde vão buscar emoção, já que emotividade é mesmo o ponto forte da banda (ouvir "You And Me" para ter uma ideia do que se está a dizer"). Aguardemos por essa evolução e por um segundo trabalho mais sólido e maduro. Por agora dá-se o benefício da dúvida.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira