Se a India é o destino mais insuspeito para termos uma banda de heavy metal, menos se esperaria de que tivesse uma a lançar já o terceiro álbum e com uma qualidade muito acima da média. Os Blood & Iron regressam com este “Voices Of Eternity” depois de alguma turbulência interna, com alguns dos seus membros a sair para formar outra banda, ei-los de volta com um grande trabalho de heavy metal com toques progressivos que parece ter origens nos Estados Unidos. Um dos pontos de aproximação para que se saiba o que se pode ouvir aqui será algo similar com o que os Fates Warning faziam no início da sua carreira.
Instrumentalmente, este trabalho é um sonho para qualquer fã de heavy metal. Bons riffs, à boa maneira tradicional, bons arranjos e principalmente bons solos. A produção também ajuda a reforçar o feeling nostálgico que o trabalho tem, sem, no entanto, cheirar a bafio. E se instrumentalmente as coisas estão quase irrepreensíveis, a nível de voz, o microfone está muito bem entregues ao australiano Giles Lavery que se destaca pelo seu timbre agudo mas que acaba por não cair no exagero que por vezes são comuns neste género de som.
É um trabalho que vai crescendo a cada audição mas que logo na primeira audição deixa uma boa impressão. Desde a faixa de abertura que é um bom resumo do álbum, “Eternal Rites”, passando pela tipicamente heavy metal da década de oitenta “Legion” ou pela energética “Burning Bridges”, temos boas indicações de que o heavy metal tradicional é bem tratado. Não foge aos lugares comuns do estilo, antes pelo contrário, mas isso não prejudica o balanço final do trabalho, a não ser que quem o aprecie não goste de heavy metal.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Instrumentalmente, este trabalho é um sonho para qualquer fã de heavy metal. Bons riffs, à boa maneira tradicional, bons arranjos e principalmente bons solos. A produção também ajuda a reforçar o feeling nostálgico que o trabalho tem, sem, no entanto, cheirar a bafio. E se instrumentalmente as coisas estão quase irrepreensíveis, a nível de voz, o microfone está muito bem entregues ao australiano Giles Lavery que se destaca pelo seu timbre agudo mas que acaba por não cair no exagero que por vezes são comuns neste género de som.
É um trabalho que vai crescendo a cada audição mas que logo na primeira audição deixa uma boa impressão. Desde a faixa de abertura que é um bom resumo do álbum, “Eternal Rites”, passando pela tipicamente heavy metal da década de oitenta “Legion” ou pela energética “Burning Bridges”, temos boas indicações de que o heavy metal tradicional é bem tratado. Não foge aos lugares comuns do estilo, antes pelo contrário, mas isso não prejudica o balanço final do trabalho, a não ser que quem o aprecie não goste de heavy metal.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira