A curta intro “Holy Lvcifer” abre as hostilidades deste segundo trabalho dos gregos Thy Darkened Shade, que têm uma abordagem bastante própria ao black metal, bastante técnica e angular. Pela referida intro, não se fica com essa sensação, mas assim que se inicia a “Revival Through Arcane Skins”, tem-se uma explosão de riffs cheios de técnica e soluções de composição algo invulgares, inclusive um certo travo progressivo na forma como as músicas vão evoluindo. Tendo uma forte inspiração lírica pelo oculto e o satanismo, o facto da banda não estar a brincar aos diabinhos faz com que isso transpareça para a música e a envolva a um nível de intensidade bem superior.
Certamente, este não é um trabalho que vai ficar à primeira, nem mesmo absorvido à primeira, já que a sua duração é considerável com onze faixas a oscilar entre os cinco e os onze minutos, totalizando setenta e oito minutos (78!) de música intensa. O factor técnico sem dúvida que ajuda a que o trabalho seja algo complicado de digerir e a cada audição é possível descobrir novos pormenores. Será uma comparação estapafúrdia, mas o que se tem aqui é o cruzamento entre a capacidade para as melodias dos Dissection, com a exuberância técnica de uns Deathspell Omega e a complexidade épica de uns Emperor em final de carreira.
Com isto dito, será um álbum que talvez tenha dificuldade em agradar aqueles mais impacientes, que gostam do seu black metal mais primitivo, e que não os obrigue a fazer grandes esforços mentais. Para aqueles que são pacientes, que gostam de ser surpreendidos, que gostam de aos poucos encontrarem novas preciosidades, que gostam de sentir as músicas a crescerem dentro de si a cada audição, este será um trabalho imperdível, a beirar a perfeição, embora, talvez a perfeição seja tudo isto condensado em menos tempo, no entanto, ter quase oitenta minutos de black metal que soa fresco a cada audição, do início ao fim, já será indicação de alguma mestria no assunto.
Nota: 8.4/10
Review por Fernando Ferreira
Certamente, este não é um trabalho que vai ficar à primeira, nem mesmo absorvido à primeira, já que a sua duração é considerável com onze faixas a oscilar entre os cinco e os onze minutos, totalizando setenta e oito minutos (78!) de música intensa. O factor técnico sem dúvida que ajuda a que o trabalho seja algo complicado de digerir e a cada audição é possível descobrir novos pormenores. Será uma comparação estapafúrdia, mas o que se tem aqui é o cruzamento entre a capacidade para as melodias dos Dissection, com a exuberância técnica de uns Deathspell Omega e a complexidade épica de uns Emperor em final de carreira.
Com isto dito, será um álbum que talvez tenha dificuldade em agradar aqueles mais impacientes, que gostam do seu black metal mais primitivo, e que não os obrigue a fazer grandes esforços mentais. Para aqueles que são pacientes, que gostam de ser surpreendidos, que gostam de aos poucos encontrarem novas preciosidades, que gostam de sentir as músicas a crescerem dentro de si a cada audição, este será um trabalho imperdível, a beirar a perfeição, embora, talvez a perfeição seja tudo isto condensado em menos tempo, no entanto, ter quase oitenta minutos de black metal que soa fresco a cada audição, do início ao fim, já será indicação de alguma mestria no assunto.
Nota: 8.4/10
Review por Fernando Ferreira
