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Revocation - "Deathless" Review


Será possível os Deathless lançarem um mau álbum? A avaliar pelo seu trabalho até agora, parece que não. Se olharmos para a sua mais recente proposta, “Deathless”, não mudamos de opinião, definitivamente. Conseguindo conciliar o seu lado técnico com o groove e com uma vertente thrash que tornam o seu death metal totalmente viciante. É death metal técnico sem soar a death metal técnico, mas também não soa a thrash. Na verdade e fazendo uma comparação algo rebuscada mas mesmo assim totalmente adequada, os Revocation demonstram o mesmo potencial que os Metallica demonstraram na trilogia de álbuns “Ride The Lightning”, “Master Of Puppets” e “…And Justice For All”, sem ter, admitamos, o factor catchy que muitas das músicas dos álbuns atrás mencionados têm.

Comparações à parte, a banda só precisa do seu som e olhando à sua qualidade, isso já é suficiente para rebentar com a escala. Se o negócio são riffs, a faixa de abertura, “A Debt Owed To The Grave” tem-los à pazada, misturando groove e técnica de uma forma perfeita. Caso seja refrões apelativos, basta conferir o tema título. Para quem for de melodias mais estranhas, “Labyrinth Of Eyes” é perfeita para o efeito. Se gostarem de estranheza com um certo toque de progressão e de epicismo, então a escolha já será mais para “Madness Opus”, com um solo e parte intermédia de sonho. Para puro divertimento death/thrash metal técnico temos as “Scorched Earth Policy” e  The Fix” enquanto a melodia está em alta na “The Blackest Reaches”. E embora os solos estejam sempre em destaque ao longo do trabalho todo, “United Helotry”, “Apex” (a faixa instrumental da praxe) e a “Witch Trails” dão cartas, finalizando o trabalho da melhor forma.

Resumindo, este álbum é apenas mais uma grande prova de que os Revocation praticamente não têm concorrência naquilo que fazem, não por serem originais, mas principalmente por serem bons, muito bons. Melodia, brutalidade, bom gosto técnico, groove, potência, solos alucinantes, um forte sentido progressivo e uma preocupação em fazer grandes malhas, tal como fazer grandes músicas. Mais do que apontar numa direcção, o que interessa é mesmo o resultado e a banda atinge em quase tudo o que se propõe. Talvez ainda não seja imediato, não para que consiga um reconhecimento alargado mas sem dúvida que há aqui material suficiente para colocar o botão de repeat a ferver. Sem dúvida.


Nota: 9.5/10

Review por Fernando Ferreira