A fórmula é simples. A Frontiers pega num vocalista e constrói uma banda, tendo sempre alguém responsável por criar as músicas, normalmente tarefa que recai sobre Alessandro Del Vecchio e este projecto Moonland não é excepção. Pegando nos talentos da cantora da Estónia, conhecida pelo seu trabalho com a banda feminina Vanilla Ninja e depois a solo, numa orientação mais pop-rock. Este regresso a uma sonoridade rock revela algumas fragilidades desta fórmula que tem muito a ver com os gostos pessoais e com o cansaço que possa haver ou não por este género musical.
À primeira audição, este trabalho insere-se numa espécie de rock melódico que parece que saiu disparado dos anos oitenta, ideal para banda sonora de algum filme de comédia para adolescentes e que é tão dispensável como a estação do ano em que o mesmo surgiu. E esse é um sentimento que não desaparece. A voz de Lenna também aponta nesse caminho, além de que quase que se é possível cheirar a laca do seu cabelo, tal força não tem a imagem com que nos deixa. Assim sendo, este trabalho é cheio de lugares comuns que acabam por virar o feitiço contra o feiticeiro, não apresentando nenhuma razão, nenhuma mais valia para que este trabalho se destaque de qualquer um que tenha ficado esquecido na segunda metade da década de oitenta, ou seja, quase trinta anos atrás.
Temos algumas excepções, onde “Out Of Reach” se notabiliza, com uma certo toque a lembrar o gótico adicional ao encanto nostálgico atrás mencionado – encanto esse que prevalece durante o refrão - mas no geral é um projecto feito com intenções comerciais, com um som algo plástico a nível de produção, à imagem de outros levados a cabo pela Frontiers, com o intuito de explorar a voz de Lenna, que apesar de um timbre algo genérico, tem realmente talento. É pena é que o veículo para essa exploração seja tão pobre e pouco cativante.
Nota: 5/10
Review por Fernando Ferreira
À primeira audição, este trabalho insere-se numa espécie de rock melódico que parece que saiu disparado dos anos oitenta, ideal para banda sonora de algum filme de comédia para adolescentes e que é tão dispensável como a estação do ano em que o mesmo surgiu. E esse é um sentimento que não desaparece. A voz de Lenna também aponta nesse caminho, além de que quase que se é possível cheirar a laca do seu cabelo, tal força não tem a imagem com que nos deixa. Assim sendo, este trabalho é cheio de lugares comuns que acabam por virar o feitiço contra o feiticeiro, não apresentando nenhuma razão, nenhuma mais valia para que este trabalho se destaque de qualquer um que tenha ficado esquecido na segunda metade da década de oitenta, ou seja, quase trinta anos atrás.
Temos algumas excepções, onde “Out Of Reach” se notabiliza, com uma certo toque a lembrar o gótico adicional ao encanto nostálgico atrás mencionado – encanto esse que prevalece durante o refrão - mas no geral é um projecto feito com intenções comerciais, com um som algo plástico a nível de produção, à imagem de outros levados a cabo pela Frontiers, com o intuito de explorar a voz de Lenna, que apesar de um timbre algo genérico, tem realmente talento. É pena é que o veículo para essa exploração seja tão pobre e pouco cativante.
Nota: 5/10
Review por Fernando Ferreira
