Os Epitome nasceram em 2012 e dois anos depois já têm um álbum de estreia na calha. Ou são muito bons ou então este salto foi algo precipitado. É certo que o circuito normal do underground nem sempre é respeitado e já começa a estar um pouco desactualizado, principalmente para estes novos grupos que não têm nada de underground. O início do tema "The Last Of Us" parece que poderia estar num qualquer álbum da Lady Gaga ou Rihanna ou coisa que o valha. Dançante e electrónico, demora um pouco até que as guitarras explodam e mesmo quando acontece, fica claro que a orientação do grupo é puro metalcore e por puro entendam-se todos os clichês possíveis e imaginários. E isto é algo que se repente ao logo de todas as músicas.
Até aqui, existe muito pouco (para não dizer nada) para aqueles que apreciam algo mais orgânico e tradicional, mas a verdade é que também temos um trabalho de guitarra solo extraordinário. Segundo o press release, a banda toca "o chamado estilo metal sueco em combinação com elementos de hardcore e com solos típicos da década de oitenta, cheios de groove". Normalmente os press releases são algo exagerados e muitas vezes levam longe demais o seu propósito de promover a música, mas aqui tem que se dar a mão à palmatória. Não fossem os ritmos exageradamente marcados por breakdowns e os pormenores electrónicos, estava aqui um grande lançamento de metal extremo.
Não querendo entrar em discussões sobre géneros músicais e a sua validade, o que é certo é que aqui estão grande parte dos clichês que caracterizam uma era, uma era que entretanto já chegou ao final (apesar de existirem muitas bandas que ainda não se aperceberam de tal) o que faz causar alguma estranheza, termos uma banda que chegou agora ao primeiro álbum, tem apenas dois anos e o seu som parece que cheira a mofo. Felizmente, existem os arranjos da guitarra solo que impede que a desgraça seja completa. Assim, "The Origin Error" tem uma certa dicotomia. Por um lado temos o lado moderno que poderia ser mais bem aproveitado e ajudar a afastar a aura "qualquer-coisa-core", por outro, tem o lado tradicional a nível de guitarras que também poderia dar frutos muito maiores. Resta saber para que lado vão pender. Até lá, ficamos curiosos para saber quem sairá vitorioso ou então se as duas ainda vão convergir de forma mais harmoniosa.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira
Até aqui, existe muito pouco (para não dizer nada) para aqueles que apreciam algo mais orgânico e tradicional, mas a verdade é que também temos um trabalho de guitarra solo extraordinário. Segundo o press release, a banda toca "o chamado estilo metal sueco em combinação com elementos de hardcore e com solos típicos da década de oitenta, cheios de groove". Normalmente os press releases são algo exagerados e muitas vezes levam longe demais o seu propósito de promover a música, mas aqui tem que se dar a mão à palmatória. Não fossem os ritmos exageradamente marcados por breakdowns e os pormenores electrónicos, estava aqui um grande lançamento de metal extremo.
Não querendo entrar em discussões sobre géneros músicais e a sua validade, o que é certo é que aqui estão grande parte dos clichês que caracterizam uma era, uma era que entretanto já chegou ao final (apesar de existirem muitas bandas que ainda não se aperceberam de tal) o que faz causar alguma estranheza, termos uma banda que chegou agora ao primeiro álbum, tem apenas dois anos e o seu som parece que cheira a mofo. Felizmente, existem os arranjos da guitarra solo que impede que a desgraça seja completa. Assim, "The Origin Error" tem uma certa dicotomia. Por um lado temos o lado moderno que poderia ser mais bem aproveitado e ajudar a afastar a aura "qualquer-coisa-core", por outro, tem o lado tradicional a nível de guitarras que também poderia dar frutos muito maiores. Resta saber para que lado vão pender. Até lá, ficamos curiosos para saber quem sairá vitorioso ou então se as duas ainda vão convergir de forma mais harmoniosa.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira