Ao segundo álbum, os Creation’s End apresentam-se como uma força a ser tomada em conta no meio do metal progressivo norte-americano. Tendo como vocalista Mike DiMeo (ex-Riot) e após quatro anos de espera, “Metaphysical” surge apostado em capturar o interesse de todos aqueles que são fãs do género. Oferecendo uma mistura entre o som nostálgico próprio das bandas norte-americanas clássicas do género, tais como os Fates Warning, e algo bem moderno, com alguns pormenores modernos (electrónicos) que soam muito bem neste contexto.
Também tem uma certa costela europeia, principalmente nas ambiências que captura, fazendo lembrar os Vanden Plas e em parte os Textures, e essa mistura acaba por lhes dar uma dinâmica e interesse adicional. Tudo soa perfeito, mas ao contrário do que é comum acontecer, o resultado não é plástico, desprovido de energia orgânica, apesar da produção ser imaculada. Instrumentalmente, este trabalho é um espanto, com todos os instrumentos a soarem de forma perfeita e mesmo assim sem a armadilha habitual de exibições masturbatórias de habilidades, tornando cada música uma desculpa para essas mesmas exibições. Aqui a importância está sobretudo nas músicas, que fluem com uma facilidade impressionante. Uma outra boa indicação para esse facto é a duração das mesmas, andando a rondar os cinco minutos, com algumas raras excepções, onde essa marca é ultrapassada.
Ou seja, “Metaphysical” é um trabalho de metal progressivo sóbrio e muito acima da média, com um foco muito grande tanto na execução e também nas músicas, notando-se uma evolução tremenda desde o primeiro álbum. Tem tudo para se tornar um clássico do género porque é a clássico que soa. Dinâmicas nos sítios certos, bom gosto lírico e um álbum forte e conciso, que embora não seja imediato, cativa o suficiente para que se volte muitas vezes para ouvir mais e descobrir novos detalhes que nas audições anteriores passaram despercebidos. Boa banda.
Nota: 8.2/10
Review por Fernando Ferreira
Também tem uma certa costela europeia, principalmente nas ambiências que captura, fazendo lembrar os Vanden Plas e em parte os Textures, e essa mistura acaba por lhes dar uma dinâmica e interesse adicional. Tudo soa perfeito, mas ao contrário do que é comum acontecer, o resultado não é plástico, desprovido de energia orgânica, apesar da produção ser imaculada. Instrumentalmente, este trabalho é um espanto, com todos os instrumentos a soarem de forma perfeita e mesmo assim sem a armadilha habitual de exibições masturbatórias de habilidades, tornando cada música uma desculpa para essas mesmas exibições. Aqui a importância está sobretudo nas músicas, que fluem com uma facilidade impressionante. Uma outra boa indicação para esse facto é a duração das mesmas, andando a rondar os cinco minutos, com algumas raras excepções, onde essa marca é ultrapassada.
Ou seja, “Metaphysical” é um trabalho de metal progressivo sóbrio e muito acima da média, com um foco muito grande tanto na execução e também nas músicas, notando-se uma evolução tremenda desde o primeiro álbum. Tem tudo para se tornar um clássico do género porque é a clássico que soa. Dinâmicas nos sítios certos, bom gosto lírico e um álbum forte e conciso, que embora não seja imediato, cativa o suficiente para que se volte muitas vezes para ouvir mais e descobrir novos detalhes que nas audições anteriores passaram despercebidos. Boa banda.
Nota: 8.2/10
Review por Fernando Ferreira