A Finlândia não é o que se possa chamar um país dado a experimentações no que diz respeito ao metal mais extremo, mas este álbum de estreia dos Underjord dá um novo sentido à palavra experimental. Com membros dos Chthonian, a banda embala-nos nos caminhos da world/etnic music e na sua mistura com um certo peso doom, uma mistura que se revela vencedora logo na faixa de abertura e um dos singles de avanço, “Book Of The Dead”, embora no que ao peso metálico diz respeito, a “To Death II” seja uma das melhores com um groove bastante bem conseguido.
Mais do que misturar géneros à partida antagónicos – que neste caso até nem são assim tão antagónicos – o importante é que essa mistura flua e que a ambiência seja a correcta e ao longo destes quase cinquenta minutos, essa é a característica que fica mais marcada no ouvinte. Não é alheio a esse sucesso o usar de diversos instrumentos acústicos tradicionais (ou pelo menos samples de instrumentos acústicos tradicionais) que dão um colorido muito especial e fundamental ao sucesso das faixas que se podem ouvir em “Sheol”. Também é de assinalar um certo calor quer na produção quer nas composições em si, ou seja, existe uma influência notória a nível de som das sonoridades do médio oriente, sendo que existem mais semelhanças com uma banda como Meleshech do que propriamente Finntroll – que por falar neles, Jan Jämsen participa com vocalizações nas faixas “Hunt Of The Death God” e “Epilogue”.
É um trabalho que cativará, garantidamente, logo à primeira todos os apreciadores dos já mencionados Meleshech, assim como Dead Can Dance, Orphaned Land, não se podendo dizer que soa como as bandas atrás mencionadas mas têm em comum o mesmo vibe misterioso que evocam, de outras eras, de outras culturas, de sonoridades que não fazem parte da nossa cultura. Além de cativar à primeira, também tem o dom de a cada audição crescer interiormente, tornando-se assim, uma das melhores estreias que a Massacre Records teve oportunidade de lançar no presente ano e talvez até nos últimos anos. Um grande álbum.
Mais do que misturar géneros à partida antagónicos – que neste caso até nem são assim tão antagónicos – o importante é que essa mistura flua e que a ambiência seja a correcta e ao longo destes quase cinquenta minutos, essa é a característica que fica mais marcada no ouvinte. Não é alheio a esse sucesso o usar de diversos instrumentos acústicos tradicionais (ou pelo menos samples de instrumentos acústicos tradicionais) que dão um colorido muito especial e fundamental ao sucesso das faixas que se podem ouvir em “Sheol”. Também é de assinalar um certo calor quer na produção quer nas composições em si, ou seja, existe uma influência notória a nível de som das sonoridades do médio oriente, sendo que existem mais semelhanças com uma banda como Meleshech do que propriamente Finntroll – que por falar neles, Jan Jämsen participa com vocalizações nas faixas “Hunt Of The Death God” e “Epilogue”.
É um trabalho que cativará, garantidamente, logo à primeira todos os apreciadores dos já mencionados Meleshech, assim como Dead Can Dance, Orphaned Land, não se podendo dizer que soa como as bandas atrás mencionadas mas têm em comum o mesmo vibe misterioso que evocam, de outras eras, de outras culturas, de sonoridades que não fazem parte da nossa cultura. Além de cativar à primeira, também tem o dom de a cada audição crescer interiormente, tornando-se assim, uma das melhores estreias que a Massacre Records teve oportunidade de lançar no presente ano e talvez até nos últimos anos. Um grande álbum.
Nota: 8.9/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
