Uns anos atrás, música instrumental era sinónimo de guitarrista com ou sem habilidade e com músicas que serviam para mostrar (ou exibir) o seu talento como shredder. Com a explosão do metal progressivo e de música técnica, do rock ao death metal, estabeleceu-se um interesse alargado pela música instrumental onde não fosse absolutamente necessário que houvesse solos em profusão por parte dos seus instrumentistas - embora seja algo apreciado pelos fãs - e sim músicas, capazes de suportar a ausência da voz. Os Unbeing são canadianos e este EP veio a calar o silêncio de três anos desde o seu álbum de estreia.
Em pouco mais de vinte minutos, a banda canadiana mostra o porquê de termos sentido a sua falta. Com um senso de melodia que nos traz nostalgia pelo prog da década de setenta e um sentimento rítmico admirável, este "Raptus" passa-se num repente, sem quase que se dê conta, não querendo isto dizer que passa despercebido. Antes pelo contrário. A música flui de uma forma impressionante e o sentimento é como se se estivesse a ouvira primeira banda de chillout metal.
Como sempre nestas coisas de música instrumental, interessa saber se há força suficiente para aguentar os vinte minutos sem voz e pode-se dizer, antes mesmo de acabar a primeira audição, que sim. Refrescante e viciante. Venha o segundo álbum, já!
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira