Certos trabalhos cativam logo pela forma como são iniciados e o segundo álbum dos holandeses Onheil encaixa numa luva nesse departamento. O riff para lá de catchy que inicia a “Embrace Of Chaos” (e também o álbum) é daquelas coisas que se colam ao cérebro e dificilmente saem nos tempos que se seguem. E conformem as malhas, verdadeiras malhas, se vão se sucedendo, verifica-se facilmente que não se trata de um caso isolado. A misturar a melodia própria do death metal melódica, com um thrashar inconformado e um tremolo picking muito próprio do black metal, a mistura revela-se vencedora.
Por não ser propriamente original, sabemos que este tipo de som pode cair facilmente na armadilha do beco sem saída e que se não estiver dotada de canções cativantes, facilmente enfada ainda não chega a meio. Pois aqui isso não se verifica. Seja pela força de malhas como “The End Of Everything” e “The End Of Everything” onde na primeira a harmonia das guitarras domina e na segunda uma certa repetição que nos conquista e converte sem que se questione muito, há algo em “Storm Is Coming” que faz com que a primeira impressão se mantenha com consequentes audições.
Peso e melodia são duas características que quando bem usadas fazem com que factores como originalidade ou progressão evolutiva fiquem desvalorizados, porque o que interessa é mesmo a música em si e ela é fenomenal. A produção cristalina mas ainda assim orgânica ajuda a que essa qualidade de composição ainda se saliente mais. É viciante, é daqueles que se ouve vezes sem conta, com alguns momentos mais catchy que outros, mas com tudo para sobreviver ao teste do tempo. Uma banda que merece chegar mais longe.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
Por não ser propriamente original, sabemos que este tipo de som pode cair facilmente na armadilha do beco sem saída e que se não estiver dotada de canções cativantes, facilmente enfada ainda não chega a meio. Pois aqui isso não se verifica. Seja pela força de malhas como “The End Of Everything” e “The End Of Everything” onde na primeira a harmonia das guitarras domina e na segunda uma certa repetição que nos conquista e converte sem que se questione muito, há algo em “Storm Is Coming” que faz com que a primeira impressão se mantenha com consequentes audições.
Peso e melodia são duas características que quando bem usadas fazem com que factores como originalidade ou progressão evolutiva fiquem desvalorizados, porque o que interessa é mesmo a música em si e ela é fenomenal. A produção cristalina mas ainda assim orgânica ajuda a que essa qualidade de composição ainda se saliente mais. É viciante, é daqueles que se ouve vezes sem conta, com alguns momentos mais catchy que outros, mas com tudo para sobreviver ao teste do tempo. Uma banda que merece chegar mais longe.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira