Ora aqui está algo capaz de tomar de assalto o mundo do black metal, ou pelo menos aqueles que gostam do seu black metal contemplativo, ambiental e completamente viciante. Quando esta nova proposta vem da parte da Relapse, então é de ficar ainda mais atento, porque normalmente quando a independente norte-americana atira, não falha. Myrkur - não confundir com a banda britânica, já extinta, com o mesmo nome - é uma one man woman dinamarquesa que esbanja bom gosto sónico.
O ínicio de "Ravnens Banner" é capaz de deixar o ouvine meio perplexo ou até de pé atrás, sendo uma peça lindíssima de coros, que até tem o seu quê de celeste e divino. Algo contraditório para o black metal mas que mesmo assim enquadra-se perfeitamente. No entanto, há algo mais além desse feeling celestial, há também um forte feeling celta que ainda torna tudo mais apaoxinante. Apesar das músicas não serem muito grandes - a maior tem pouco menos de seis minutos - há um forte feeling épico.
São apenas vinte e quatro minutos que se desenrolam rapidamente e que se sucedem interminavelmente porque não há coragem ou sequer vontade de quebrar esse ciclo. Desde o tal feeling celta como em "Frosne Vind" (lindissima) e "Ulvensangen", passando pelas mais tradicionais "Ma Du Braende I Helvede" e "Nattens Barn" (grande cavalgada) e terminando nas mais experimentais “Latvian Fegurð" e Dybt I Skoven". Não se pense que este trabalho de estreia é assim tão simples e fácil de catalogar. É uma forma simplista de por algo que vai muito mais além. Assim como este projecto, que deixa muita água na boca por mais.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
O ínicio de "Ravnens Banner" é capaz de deixar o ouvine meio perplexo ou até de pé atrás, sendo uma peça lindíssima de coros, que até tem o seu quê de celeste e divino. Algo contraditório para o black metal mas que mesmo assim enquadra-se perfeitamente. No entanto, há algo mais além desse feeling celestial, há também um forte feeling celta que ainda torna tudo mais apaoxinante. Apesar das músicas não serem muito grandes - a maior tem pouco menos de seis minutos - há um forte feeling épico.
São apenas vinte e quatro minutos que se desenrolam rapidamente e que se sucedem interminavelmente porque não há coragem ou sequer vontade de quebrar esse ciclo. Desde o tal feeling celta como em "Frosne Vind" (lindissima) e "Ulvensangen", passando pelas mais tradicionais "Ma Du Braende I Helvede" e "Nattens Barn" (grande cavalgada) e terminando nas mais experimentais “Latvian Fegurð" e Dybt I Skoven". Não se pense que este trabalho de estreia é assim tão simples e fácil de catalogar. É uma forma simplista de por algo que vai muito mais além. Assim como este projecto, que deixa muita água na boca por mais.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
