O início de “Nödkanal” é capaz de deixar o deathster mais céptico aos pulinhos de alegria, já que se parece mesmo com aquilo que os Bolt Thrower costumavam fazer no início dos seus álbuns. O primeiro minuto e meio é de uma epicidade estúpida. Uma coisa que é impossível de qualificar. No entanto, assim que entra a voz, cai-se logo na real. Não se trata de death metal inglês e sim um dos nomes mais em voga do punk/crust escandinavo. Não se pense que temos uma passagem de guitarradas de combate épicas à la Bolt Thrower e que se passa para algo próximo de Bad Religion. Nada disso. A complexidade nas linhas de guitarras mantêm-se e a voz de Mikael não estaria desfasada numa banda de death/black de tão abrasiva que é.
Para aqueles que os desconhecem e para quem até nem aprecia crust/punk por aí além, o rigor metálico de “Elddop” de certeza que vai impressionar. Não é são só os riffs, que obviamente também tem um alto teor concentrado de raça punk, mas principalmente pelo trabalho da guitarra lead, que faz com que este trabalho fique muito mais rico e interessante. Tal potência não é de estranhar já que a banda sueca já acumula uma década de carreira e tem membros dos Skitsystem, Agrimonia e Miasmal.
É certo que conforme o álbum progride poderá surgir uma pequena fatiga em relação ao que se ouve, afinal, com letras em sueco a serem cuspidas por uma voz arranhada e gritada, e com a mesma fórmula a ser usada, é natural que a dinâmica se perca um pouco nestes catorze temas. Um enorme facto que ajuda a quebrar com esta tendência é a faixa quase instrumental “Martyren”, que até tem um certo sabor neo-clássico, com uma melodia viciante, que surge como penúltima faixa antes do disco findar. Com todos os seus altos e baixos, este é um trabalho forte do género e mais uma prova do bom olho da Southern Lord para a música – não só para o doom/drone/noise. A descobrir.
Nota: 7.8/10
Review por Fernando Ferreira
Para aqueles que os desconhecem e para quem até nem aprecia crust/punk por aí além, o rigor metálico de “Elddop” de certeza que vai impressionar. Não é são só os riffs, que obviamente também tem um alto teor concentrado de raça punk, mas principalmente pelo trabalho da guitarra lead, que faz com que este trabalho fique muito mais rico e interessante. Tal potência não é de estranhar já que a banda sueca já acumula uma década de carreira e tem membros dos Skitsystem, Agrimonia e Miasmal.
É certo que conforme o álbum progride poderá surgir uma pequena fatiga em relação ao que se ouve, afinal, com letras em sueco a serem cuspidas por uma voz arranhada e gritada, e com a mesma fórmula a ser usada, é natural que a dinâmica se perca um pouco nestes catorze temas. Um enorme facto que ajuda a quebrar com esta tendência é a faixa quase instrumental “Martyren”, que até tem um certo sabor neo-clássico, com uma melodia viciante, que surge como penúltima faixa antes do disco findar. Com todos os seus altos e baixos, este é um trabalho forte do género e mais uma prova do bom olho da Southern Lord para a música – não só para o doom/drone/noise. A descobrir.
Nota: 7.8/10
Review por Fernando Ferreira
