Esta série de reedições dos álbuns dos Cancer levada a cabo pela Cyclone Empire chega assim ao fim com este "The Sins Of Mankind", lançado originalmente em 1993 e que marcou o início do declínio da banda, não que esse declínio possa ser apontado exclusivamente a este álbum e sim aos tempos que eram de mudança e o death metal tradicional, salvo honrosas excepções, ia ser posto a dormir. "Cloak Of Darkness", o tema de abertura, faz lembrar um nome comum: Death. Com pormenores técnicos mais acentuados, uma produção algo comprimida mas mesmo assim a servir os propósitos da música, é inegável a influência que a banda de Chuck Schuldiner teve no colectivo inglês.
Não se pense, no entanto, que ao terceiro álbum, os Cancer simplesmente desistiram e tornaram-se cópias dos Death. Não é esse o caso, a identidade da banda continua bem presente, embora existam de facto muitas semelhanças entre as dois bandas - estando Death um pouco mais à frente na tabela evolutiva. É também notável que a banda não está tão selvagem e mais acutilante. Menos explosiva e mais midtempo, com o thrash mais ao cimo da pele.
É um álbum bem agradável, sólido, mas que não aguenta tão bem o teste do tempo como os anteriores dois. Teria tudo para também ser um clássico da banda e praticamente não tem defeitos, apenas um muito importante: não tem nenhuma música que consiga marcar e ficar gravada na memória. É um álbum com méritos inegáveis mas que lhe falta aquele toque mágico que faz com que se queira revisitar vezes sem conta. Mesmo assim, é um trabalho agradável de se voltar de vez em quando e que os coleccionadores poderão agora adicionar à sua colecção em CD ou vinil vermelho. Tem ainda como bónus as duas primeiras faixas, "Cloak Of Darkness" e "Electro-Convulsive Therapy", instrumentais, retiradas de uma demo de 1992.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
Não se pense, no entanto, que ao terceiro álbum, os Cancer simplesmente desistiram e tornaram-se cópias dos Death. Não é esse o caso, a identidade da banda continua bem presente, embora existam de facto muitas semelhanças entre as dois bandas - estando Death um pouco mais à frente na tabela evolutiva. É também notável que a banda não está tão selvagem e mais acutilante. Menos explosiva e mais midtempo, com o thrash mais ao cimo da pele.
É um álbum bem agradável, sólido, mas que não aguenta tão bem o teste do tempo como os anteriores dois. Teria tudo para também ser um clássico da banda e praticamente não tem defeitos, apenas um muito importante: não tem nenhuma música que consiga marcar e ficar gravada na memória. É um álbum com méritos inegáveis mas que lhe falta aquele toque mágico que faz com que se queira revisitar vezes sem conta. Mesmo assim, é um trabalho agradável de se voltar de vez em quando e que os coleccionadores poderão agora adicionar à sua colecção em CD ou vinil vermelho. Tem ainda como bónus as duas primeiras faixas, "Cloak Of Darkness" e "Electro-Convulsive Therapy", instrumentais, retiradas de uma demo de 1992.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira