Canadá. Uma fonte aparentemente inesgotável de death metal de alta qualidade que também consegue produzir coisas de outros espectros sonoros, inclusive de um que já está bastante moribundo – black metal sinfónico e é esse estilo que marca esta estreia, lançada em edição de autor, embora também tenha muito de death metal melódico – a melodia de riffs como aqueles que se encontram na “A New Life” são estranhos ao black metal mas que ficam muito bem neste contexto.
Poderia supor-se então de que “Mordrake” é mais um trabalho a chafurdar na nostalgia de tempos idos recentemente mas conforme as faixas se vão sucedendo, fica-se com a certeza de que apesar do género não estar na mó de cima, a abordagem dos canadianos não é tão cliché quanto se antecipa. Consegue ser grandioso, fruto dos teclados grandiosos mas não excessivos, com riffs certeiros e catchy e as vozes a oscilar entre o rasgado típico do black metal e o gutural do black metal, o que ajuda a que a dinâmica esteja a seu favor. Há mesmo assim uma questão que acaba por surgir lá para a o final da segunda metade do álbum. Cansaço.
A fórmula que no início se revelou vencedora, começa a mostrar sinais de cansaço e começa a desfazer aquilo que foi feito, ou seja, torna-se numa borracha que apaga o que se fixou antes, ficando a ideia de que soa tudo ao mesmo. Claro que esta questão pode ser representativa de uma certa imaturidade e inocência própria dos primeiros trabalhos, embora quase todos os membros estão ou estiveram noutros projectos. É uma estreia interessante e será um nome a ter em conta para o futuro, mas será necessário mais do que foi apresentado aqui para que faça a diferença neste mundo selvagem que é a música extrema.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
Poderia supor-se então de que “Mordrake” é mais um trabalho a chafurdar na nostalgia de tempos idos recentemente mas conforme as faixas se vão sucedendo, fica-se com a certeza de que apesar do género não estar na mó de cima, a abordagem dos canadianos não é tão cliché quanto se antecipa. Consegue ser grandioso, fruto dos teclados grandiosos mas não excessivos, com riffs certeiros e catchy e as vozes a oscilar entre o rasgado típico do black metal e o gutural do black metal, o que ajuda a que a dinâmica esteja a seu favor. Há mesmo assim uma questão que acaba por surgir lá para a o final da segunda metade do álbum. Cansaço.
A fórmula que no início se revelou vencedora, começa a mostrar sinais de cansaço e começa a desfazer aquilo que foi feito, ou seja, torna-se numa borracha que apaga o que se fixou antes, ficando a ideia de que soa tudo ao mesmo. Claro que esta questão pode ser representativa de uma certa imaturidade e inocência própria dos primeiros trabalhos, embora quase todos os membros estão ou estiveram noutros projectos. É uma estreia interessante e será um nome a ter em conta para o futuro, mas será necessário mais do que foi apresentado aqui para que faça a diferença neste mundo selvagem que é a música extrema.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira