Com mais quarenta anos de carreira no bucho, os norte-americanos Chicago não mostram sinais de abrandar e "Now" é mais uma forma de provar isso mesmo. A questão que surge é a mesma que assombra bandas que insistem em manter-se no activo, quando o seu pico criativo já foi nitidamente atingido anos atrás, como caso dos Rolling Stones ou Deep Purple. A motivação para ver estas bandas ao vivo é sempre grande, mesmo sabendo que são apenas sombras do que eram nos seus tempos aúreos mas são nomes que arrastam multidões. Quanto aos álbuns ao vivo... aí a coisa já pia de forma diferente. Talvez os Stones sejam um mau exemplo, já que são dos únicos a ter alguma relevância comercial, mas artisticamente a coisa já pia de forma diferente e os álbuns acabam por ser apenas meras desculpas para mais uma digressão, esse sim, e cada vez mais, o verdadeiro ganha-pão de todo o músico que se preze.
Os Chicago são um dos grandes nomes do rock americano, tendo começado com um som mais psicadélico e aventureiro, fruto da época em que estava inserido - final dos anos sessenta - passando depois para um registo bem mais suave, apostando nas baladas e num som quase easy listening. Hoje em dia e graças à sua persistência, são um dos grupos norte-americanos que mais vendeu, desde sempe, totalizando cerca de cem milhões de álbuns, números bem assombrosos se tivermos em linha de conta o que se vende hoje em dia. E há que se admirar a banda por continuar fiel ao seu som que, apesar de completamente desactualizado do que e vai fazendo, não se pode considerar como retro. Retro é quando uma banda tenta voltar atrás no tempo. Os Chicago não tentam voltar atrás no tempo, eles ficaram lá atrás. Para os fãs da banda, esse só pode ser um ponto positivo. Para todos os outros, que poderão ter ouvido falar deles, não perceberão, de certeza, o porquê do fascínio e do seu sucesso comercial.
Isto para os apreciadores de bandas rock ou até pop-rock. Para os apreciadores de música pesada, será um suplício certamente, mesmo com as mentes mais abertas possível. Apesar de ser o primeiro trabalho de originais desde 2006, e de o "Now" representar o presente momento da banda, esse presente momento não é nada longe daquilo que fizeram no passado, pelo contrário. Fica a ideia de um trabalho suave, demasiado, que chega a soar o aborrecido, sendo que vale mais pelo facto de ser um álbum dos Chicago do que propriamente onze músicas interessantes e válidas para suportar o teste do tempo. Pelo contrário, faz com que se questione como é que a banda vendeu tanto disco e teve tanto sucesso. A resposta vem na expressão... "Only in America".
Nota: 4/10
Review por Fernando Ferreira
Os Chicago são um dos grandes nomes do rock americano, tendo começado com um som mais psicadélico e aventureiro, fruto da época em que estava inserido - final dos anos sessenta - passando depois para um registo bem mais suave, apostando nas baladas e num som quase easy listening. Hoje em dia e graças à sua persistência, são um dos grupos norte-americanos que mais vendeu, desde sempe, totalizando cerca de cem milhões de álbuns, números bem assombrosos se tivermos em linha de conta o que se vende hoje em dia. E há que se admirar a banda por continuar fiel ao seu som que, apesar de completamente desactualizado do que e vai fazendo, não se pode considerar como retro. Retro é quando uma banda tenta voltar atrás no tempo. Os Chicago não tentam voltar atrás no tempo, eles ficaram lá atrás. Para os fãs da banda, esse só pode ser um ponto positivo. Para todos os outros, que poderão ter ouvido falar deles, não perceberão, de certeza, o porquê do fascínio e do seu sucesso comercial.
Isto para os apreciadores de bandas rock ou até pop-rock. Para os apreciadores de música pesada, será um suplício certamente, mesmo com as mentes mais abertas possível. Apesar de ser o primeiro trabalho de originais desde 2006, e de o "Now" representar o presente momento da banda, esse presente momento não é nada longe daquilo que fizeram no passado, pelo contrário. Fica a ideia de um trabalho suave, demasiado, que chega a soar o aborrecido, sendo que vale mais pelo facto de ser um álbum dos Chicago do que propriamente onze músicas interessantes e válidas para suportar o teste do tempo. Pelo contrário, faz com que se questione como é que a banda vendeu tanto disco e teve tanto sucesso. A resposta vem na expressão... "Only in America".
Nota: 4/10
Review por Fernando Ferreira
