O heavy metal tradicional nunca foi o forte dos noruegueses e os Zeno Morf não vão ser aqueles que vão contrariar esta tendência. Ao terceiro álbum, a banda surge com um som não muito exuberante mas seguro o suficiente para o estilo mas mais que ter uma boa produção, é necessário ter boas canções para suportar o teste do tempo. Com a introdução "souls Of A Frozen Earth", a coisa até promete, dando assim um pouco ares de power metal, nomeadamente à la Grave Digger, mas com a primeira faixa, "Hammer Squad", e principalmente, quando a voz de Erik Westerlund entra, é impossível não se ficar meio desiludido.
Sem conseguir apontar bem o quê, fica apenas a noção de que há algo de errado com o seu tom. Algo que simplesmente não convence. Não se pode dizer que seja um tom muito agudo mas também não é grave. É uma posição mais ou menos (mais para o agudo) no meio mas que parece ser alcançada em esforço, não é natural. Isto tudo a ouvir a referida "Hammer Squad". Quando se chega à seguinte, "Blackout", a coisa muda de figura. É novamente em esforço mas desta vez mais para o lado grave. Como se se tivesse um cruzamento obeso (para aí de seiscentos quilos) de Udo Dirkschneider com Chris Boltendahl (dos Grave Digger). Na faixa título, a abordagem de "Hammer Squad" volta ao activo, ficando-se sem perceber se foi um vocalista convidado ou se Erik Westerlund estava constipado.
Instrumentalmente, a coisa funciona bem melhor, dando repentes de heavy metal alemão, com muito de Accept no seu som e até revelando algumas influências de Thin Lizzy - na "Home Of The Brave", talvez a faixa mais interessante do álbum. Bons leads e bons solos mas fica a faltar alguma coisa, contas feitas no final. A cada vez que Erik abre a boca, fica absolutamente claro o quê. Ouve-se bem, mas poderia estar muito melhor.
Nota: 5.5/10
Review por Fernando Ferreira
Sem conseguir apontar bem o quê, fica apenas a noção de que há algo de errado com o seu tom. Algo que simplesmente não convence. Não se pode dizer que seja um tom muito agudo mas também não é grave. É uma posição mais ou menos (mais para o agudo) no meio mas que parece ser alcançada em esforço, não é natural. Isto tudo a ouvir a referida "Hammer Squad". Quando se chega à seguinte, "Blackout", a coisa muda de figura. É novamente em esforço mas desta vez mais para o lado grave. Como se se tivesse um cruzamento obeso (para aí de seiscentos quilos) de Udo Dirkschneider com Chris Boltendahl (dos Grave Digger). Na faixa título, a abordagem de "Hammer Squad" volta ao activo, ficando-se sem perceber se foi um vocalista convidado ou se Erik Westerlund estava constipado.
Instrumentalmente, a coisa funciona bem melhor, dando repentes de heavy metal alemão, com muito de Accept no seu som e até revelando algumas influências de Thin Lizzy - na "Home Of The Brave", talvez a faixa mais interessante do álbum. Bons leads e bons solos mas fica a faltar alguma coisa, contas feitas no final. A cada vez que Erik abre a boca, fica absolutamente claro o quê. Ouve-se bem, mas poderia estar muito melhor.
Nota: 5.5/10
Review por Fernando Ferreira