Há algum receio em tudo aquilo que se intitula como post-qualquer coisa. Intitular-se de black metal não há muita prepotência no acto, embora ainda existam muitas bandas intitularem-se coisas simples (dentro da sua complexidade) como black metal e nem isso conseguem acertar. Agora uma banda (ou a editora) intitular-se como pós-qualquer coisa... é de ficar de pé atrás. "Hyperion" é o álbum de estreia dos finlandeses Woland que se intitulam de pós-black metal e ainda a faixa "Conquer All" não chegou ao fim e já se pergunta, inevitavelmente, "mas... que raio de pós-black metal é este?"
Por vezes chamar ou encaixar as bandas em certos género faz mais mal que bem. Mais valia dizer que os Woland tocam cenouras. "Que estilo é? Cenouras". Porque não? É de fácil identificação. É cor-de-laranja e até os coelhos gostam. Agora assim, torna tudo mais complicado. Então, tirando esta complicação do caminho e analisando "Hyperion" pelo o que é, temos aqui um belo de um metal extremo (principalmente na voz) com alguns toques de industrial e de gótico. Basicamente a comparação mais rápida que se pode ter é com o algumas das bandas clássicas da Century Media da década de noventa, sendo elas, Moonspell, Samael, Tiamat e Rotting Christ. Aquela mistura e balanço fino entre a melodia gótica e uma certa sonoridade rude industrial.
Acaba por surpreender, principalmente quem vai à procura de pós-qualquer coisa e encontra cenouras, mas a verdade é que o álbum vai fluindo bem e conquista o ouvinte a cada faixa que passa. Vocalmente a lembrar um pouco Samael, Rotting Christ e até Old Man's Child, instrumental, o ênfase dado ao ritmo é muito forte e há um groove maquinal apreciável, tal como existe nas bandas citadas anteriormente. Mestria instrumental, ou não fossem os rapazes finlandeses, um som com alguma sujidade/noise mas que só dá o toque de classe, este álbum dá a conhecer uma jovem banda que apenas tem que ter cuidado com as designações que escolhe para si, porque se deixar o som falar por si, é capaz de ter melhores resultados.
Nota: 8.2/10
Review por Fernando Ferreira
Por vezes chamar ou encaixar as bandas em certos género faz mais mal que bem. Mais valia dizer que os Woland tocam cenouras. "Que estilo é? Cenouras". Porque não? É de fácil identificação. É cor-de-laranja e até os coelhos gostam. Agora assim, torna tudo mais complicado. Então, tirando esta complicação do caminho e analisando "Hyperion" pelo o que é, temos aqui um belo de um metal extremo (principalmente na voz) com alguns toques de industrial e de gótico. Basicamente a comparação mais rápida que se pode ter é com o algumas das bandas clássicas da Century Media da década de noventa, sendo elas, Moonspell, Samael, Tiamat e Rotting Christ. Aquela mistura e balanço fino entre a melodia gótica e uma certa sonoridade rude industrial.
Acaba por surpreender, principalmente quem vai à procura de pós-qualquer coisa e encontra cenouras, mas a verdade é que o álbum vai fluindo bem e conquista o ouvinte a cada faixa que passa. Vocalmente a lembrar um pouco Samael, Rotting Christ e até Old Man's Child, instrumental, o ênfase dado ao ritmo é muito forte e há um groove maquinal apreciável, tal como existe nas bandas citadas anteriormente. Mestria instrumental, ou não fossem os rapazes finlandeses, um som com alguma sujidade/noise mas que só dá o toque de classe, este álbum dá a conhecer uma jovem banda que apenas tem que ter cuidado com as designações que escolhe para si, porque se deixar o som falar por si, é capaz de ter melhores resultados.
Nota: 8.2/10
Review por Fernando Ferreira