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Death - "Leprosy" Review


Reedição por parte da Relapse de um dos álbuns mais clássicos de death metal de sempre, talvez aquele mais death metal puro da carreira da banda - apesar do "Scream Bloody Gore" ser mais primitivo, este é sem dúvida o fiel retrato daquilo que o estilo, nos seus melhores momentos, deve soar. Técnica, brutalidade e feeling. O tema título logo a abrir o álbum não deixa margens para dúvidas. Para muitos fãs da banda, este também é aquele onde essa brutalidade se mantém intacta, sem o tecnicismo e experimentalismo que os álbuns seguintes trariam.

É quase redutor e inútil falar de álbum tão clássico como "Leprosy", que ainda hoje influencia inúmeras bandas a fazerem nova música e ainda bem que existem editoras dispostas a trazerem estes trabalhos clássicos para novas gerações. No entanto, não é só o factor "clássico" que explica a reedição. Todo o catálogo foi reeditado vezes sem conta por parte de diversas editoras e a Relapse já deu o mesmo tratamento para álbuns como "Spiritual Healing" (em 2012), "Human" (em 2011) e "Individual Thought Patterns" e a morte de Chuck e a consequente extinção da banda deixou um vazio que tenta-se colmatar com estas constantes novas formas de celebrar e recordar o passado.

Disponível em versão de dois e três discos, tais como os três álbuns atrás citados, cada uma delas é indicada para os fãs die-hard, já que a qualidade sonora deixa um pouco a desejar, tirando o primeiro disco, claro. O segundo disco vem com uma série de temas do álbum registados em ensaios, sendo que da "Left To Die" tem-se direito a três versões/tentativas. O som é sofrível, claro, embora permita ter uma ideia do som em seu estado cru. No terceiro disco, da edição limitada a duas mil cópias apenas, tem-se direito a quinze faixas ao vivo, registadas em dois locais diferentes, com algumas músicas repetidas e com um som, embora não tão sofrível quanto do disco dois, ainda algo mau.

É uma reedição de um grande álbum, com algo a oferecer a todos os fãs de Death, mas será indicado exclusivamente aos fãs que gostam de coleccionar todos os lançamentos e reedições das suas bandas favoritas. Como reedição, é uma boa reedição, com muito a oferecer, mas o prémio principal, continua a ser o álbum e para tal... não é necessária reedição. A nota, obviamente, é para esta reedição e não propriamente o álbum, que é um clássico intemporal.


Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira