Tommy Clufetos, baterista de tour dos Black Sabbath, explicou, numa recente entrevista, por que motivo aceitou o trabalho de Bill Ward, apesar das controvérsias em torno do afastamento do membro original da banda.
Antes de mais, relembramos que os Black Sabbath anunciaram a sua reunião com a formação original em 2011, mas, meses mais tarde, Bill Ward decidiu não participar nessa reunião, porque, segundo o mesmo, não lhe tinham oferecido um contrato "assinável". Ele descreveu isso, mais tarde, como uma das decisões mais difíceis da sua carreira. A banda gravou o álbum premiado "13" com o baterista Brad Wilk, dos Rage Against The Machine, enquanto Tommy Clufetos tocava ao vivo com a banda.
Tommy Clufetos: "Vejo isto como uma oportunidade para tocar boa música, e experimentar algo de novo. Se não me oferecesse para tocar bateria, alguém o faria. Pensei, "Vou arrepender-me por não o fazer?" Sim. Portanto, tens de o fazer - como é que não o farias?
"Compreendo a mistura de sentimentos e emoções. Compreendo perfeitamente. Mas estou aqui para fazer o melhor possível, e dar às pessoas a experiência de ouvir aquelas músicas. Acho que contribui para isso. Acho que as pessoas foram embora, desfrutando daquilo que lhes proporcionei."
O músico considera que está na posição de "prestar homenagem ao que já foi feito, antes de mim", e diz da experiência: "Esta forma de tocar é uma arte perdida, está feita. Estes são absolutamente os melhores músicos com que eu já toquei."
Tommy Clufetos, que é membro do projecto a solo de Ozzy Osbourne, destaca e elogia Geezer Butler, baixista dos Black Sabbath, dizendo: "A sua sonoridade, a forma como toca as suas notas, a sua alma - ele é como o Paul McCartney do heavy metal, o James Jamerson do heavy metal. Fez realmente de mim um melhor músico, e isso é a coisa mais fixe para mim."
Entretanto, Bill Ward comunicou que está a recuperar bem, após uma cirurgia ao ombro. Ele diz: "Vão demorar cerca de seis semanas, até as articulações ficarem desbloqueadas. Espero começar a tocar bateria em meados de Março. Quero voltar a tocar com um quarteto de jazz - algo mais suave, antes de voltar a bater com mais força".
Por: Bruno Porta Nova - 19 Fevereiro 14