A continuar a reedição do catálogo da banda grega, "A Fallen Temple" é talvez o álbum menos interessante daqueles que foram editados até agora, talvez por não se poder considerar como um álbum a sério, já que mistura músicas novas (demonstrando bem a direcção que a banda ia levar no próximo álbum "Revolution DNA e no projecto Chaostar que concentrou as atenções dos membros da banda durante a parte final da sua primeira encarnação, encerrada com o álbum "Sumerian Daemons") com músicas do EP "Temple Of The Lost Race" regravadas
A primeira coisa irritante deste álbum é a bateria programada. É certo que não é novidade para ninguém que os Septicflesh nos primeiros álbuns usaram, salvo raras excepções, bateria programada, mas nunca soou tão estéril como aqui, fazendo soar a banda como se fossem uma versão mais fraca dos Sisters Of Mercy. O teor de algumas músicas também ajuda a essa identificação, como a "Marble Smiling Face" - um dos casos onde a coisa até corre bem. Onde as coisas já começam a aborrecer é em faixas como "Underworld Act 3" acontecendo aquilo que acontecia muito com os trabalhos que tentavam ser orquestrais, usando sintetizadores, nos anos noventa. Todos soavam como se fossem bandas sonoras de video jogos e tornavam-se difíceis de levar a sério. Assim como algumas faixas deste álbum. É certo que os Septicflesh sempre soaram esquisitos, mas havia um elemento creepy na suas músicas, uma atmosfera ameaçadora. Aqui apenas fica-se com a sensação que são esquisitos mas de forma inconsequente.
A mistura destes dois mundos, faz com que o álbum soe desequilibrado, uma tendência esquizofrénica que a banda conseguiu conciliar muito bem anteriormente, sendo esta a excepção. Historicamente, é uma boa forma para perceber a evolução da banda, a ponte entre o passado e o já mencionado futuro mais experimental e talvez comercialmente ambicioso. A destacar, a melhor faixa do álbum é mesmo a "Eldest Cosmonaut", (onde a Natalie Rassoulis brilha, ela que já tinha aparecido no álbum anterior e viria a ser a vocalista dos Chaostar nos primeiros três álbuns que tem uma beleza exótica e hipnótica difícil de largar. Como faixas bónus desta reedição temos a terceira parte para a "Underworld" (dez minutos difíceis de aguentar), "Finale e a versão editada do vídeo da "The Eldest Cosmonaut" (música que ouvimos neste lançamento três vezes, contando com a "Dark Version", cuja bateria tem o som de martelos a bater em bigornas e latas de ananás vazias). De destacar a cover da "The Last Time", retirada do tributo a Paradise Lost lançado pela Holy Records uns anos atrás. Interessante, mas não mais que isso.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
A primeira coisa irritante deste álbum é a bateria programada. É certo que não é novidade para ninguém que os Septicflesh nos primeiros álbuns usaram, salvo raras excepções, bateria programada, mas nunca soou tão estéril como aqui, fazendo soar a banda como se fossem uma versão mais fraca dos Sisters Of Mercy. O teor de algumas músicas também ajuda a essa identificação, como a "Marble Smiling Face" - um dos casos onde a coisa até corre bem. Onde as coisas já começam a aborrecer é em faixas como "Underworld Act 3" acontecendo aquilo que acontecia muito com os trabalhos que tentavam ser orquestrais, usando sintetizadores, nos anos noventa. Todos soavam como se fossem bandas sonoras de video jogos e tornavam-se difíceis de levar a sério. Assim como algumas faixas deste álbum. É certo que os Septicflesh sempre soaram esquisitos, mas havia um elemento creepy na suas músicas, uma atmosfera ameaçadora. Aqui apenas fica-se com a sensação que são esquisitos mas de forma inconsequente.
A mistura destes dois mundos, faz com que o álbum soe desequilibrado, uma tendência esquizofrénica que a banda conseguiu conciliar muito bem anteriormente, sendo esta a excepção. Historicamente, é uma boa forma para perceber a evolução da banda, a ponte entre o passado e o já mencionado futuro mais experimental e talvez comercialmente ambicioso. A destacar, a melhor faixa do álbum é mesmo a "Eldest Cosmonaut", (onde a Natalie Rassoulis brilha, ela que já tinha aparecido no álbum anterior e viria a ser a vocalista dos Chaostar nos primeiros três álbuns que tem uma beleza exótica e hipnótica difícil de largar. Como faixas bónus desta reedição temos a terceira parte para a "Underworld" (dez minutos difíceis de aguentar), "Finale e a versão editada do vídeo da "The Eldest Cosmonaut" (música que ouvimos neste lançamento três vezes, contando com a "Dark Version", cuja bateria tem o som de martelos a bater em bigornas e latas de ananás vazias). De destacar a cover da "The Last Time", retirada do tributo a Paradise Lost lançado pela Holy Records uns anos atrás. Interessante, mas não mais que isso.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira