Nergal, líder dos Behemoth, concedeu recentemente uma entrevista à Ghost Cult, onde fala sobre o sentido do metal extremo. Aqui fica um excerto dessa entrevista:
Nergal: "A arte extrema deveria ser chocante e provocar uma reacção. Espero sinceramente que sejamos vistos não apenas como uma banda de black metal. Somos uma banda extrema que consegue comunicar as nossas ideias a vários níveis. Hoje em dia, a música metal extrema é, muitas das vezes, extrema só por definição. É um processo interminável da busca pela perfeição. Existem muitas bandas em busca disso, e a cena está a tornar-se no Factor X do black metal. Já não existe nenhum risco e imprevisibilidade. A maioria das bandas de death metal dos EUA são tão genéricas, que todas têm um som perfeito. É rápido e técnico, mas não tem qualquer substância. As bandas esquecem-se da emoção, quando buscam pela perfeição. Deviam deixar-se levar pela intuição, e não se preocuparem apenas em dar umas guitarradas. A perfeição é aborrecida e pouco inspiradora."
"Quando as pessoas escutam o "The Satanist" (lançado no passado dia 3), serão estimuladas de várias maneiras diferentes. Vi recentemente cabaré num teatro e foi extremamente comovente. A arte extrema deve fazer com que as pessoas se sintam desconfortáveis, quer se trate de música, arte ou filmes. Tem de ser provocante. Para fazer o que faço, despendo de muita energia. Lembro-me de quando voltámos a dar espectáculos, depois do meu transplante. Houve uma altura em que pensei que ia desmaiar em palco, porque o espectáculo era muito desgastante, e não tinha tanta energia como dantes, mas agora estou pronto. Sei que posso dar tudo de mim."
Por: Bruno Porta Nova - 07 Fevereiro 14
