Os Grand Magus instalaram-se no seu lugar de forma consistente e quase dissimulada. "Hammer Of The North" foi provavelmente aquele que mais nas vistas deu, fazendo com que "The Hunt" fosse bastante antecipado. O que aconteceu é que este álbum foi sentido por muitos como sendo algo a meio gás, sem o poder ou brilho que as expectativas esperavam. Posto isto, a principal expectativa seria ver se este"Triumph And Power" seguiria pelo mesmo caminho ou se seria um passo atrás, para voltar onde "Hammer Of The North" tinha deixado. A resposta não é tão simples como se esperaria ou desejaria.
É certo que pode-se ver muitos dos elementos que desagradaram os mais exigentes em "The Hunt" aqui presentes, mas por outro lado é inegável o imediatismo que este conjunto de músicas têm. Um feeling heavy metal que é do mais viciante que há. Sinceramente, e isto poderá afastar à primeira os mais sensíveis, mas o que temos aqui é malhas do calibre dos primórdios dos Manowar, com algum Manilla Road e Virgin Steele (antes de terem a componente teatral). Os refrões são daqueles que apetecem repetir até à exaustão, de punho no ar, sendo ideais para tocar ao vivo e serem entoados por multidões, seja em clubes pequenos ou em arenas enormes. As primeiras quatro músicas passam este efeito na perfeição, mostrando a todos aqueles que se apaixonaram pelo heavy metal através do imaginário de capa e espada, que este é um regresso cheio de nostalgia.
Depois destas quatro faixas, há realmente um marcar passo e o fulgor parece esmorecer, com uma "Dominator" que falha em cativar através do seu refrão, riffs e solos, uma "Arv" instrumental acústica que não é mais que um pequeno interlúdio, sem grande destaque e que nem serve como grande introdução para a "Holmgâng", a faixa que se segue, uma faixa que tinha tudo para ser um épico mas que soa como se não tivesse sido explorada da melhor forma, tal como a que se lhe segue, "The Naked And The Dead". Simples, curta (demasiado curta) mas sem ser totalmente eficaz, ficando a saber a pouco mais uma vez. Antes da última música, "The Hammer Will Bite", tem-se mais uma intro/interlúdio que também não acrescenta grande coisa ao álbum, nem à música que se segue. Com "The Hammer Will Bite", o álbum chega ao final e apesar de ser a mais épica do álbum, não lhe retira aquele sabor amargo de que isto poderia ser muito mais do que realmente é.
Com uma primeira metade cheia de fulgor, "Triumph" vai-se perdendo mostrando que ainda não foi desta que os suecos voltaram ao topo da sua forma. Um álbum que parece ter o melhor e o pior do power trio mas que mesmo assim não é mau, pelo contrário, apenas não mostra aquele brilhantismo que se desejaria ou esperaria. Talvez da próxima. A solução é também tocar as primeiras quatro faixas em loop. Têm qualidade para resistir várias audições de seguida.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
É certo que pode-se ver muitos dos elementos que desagradaram os mais exigentes em "The Hunt" aqui presentes, mas por outro lado é inegável o imediatismo que este conjunto de músicas têm. Um feeling heavy metal que é do mais viciante que há. Sinceramente, e isto poderá afastar à primeira os mais sensíveis, mas o que temos aqui é malhas do calibre dos primórdios dos Manowar, com algum Manilla Road e Virgin Steele (antes de terem a componente teatral). Os refrões são daqueles que apetecem repetir até à exaustão, de punho no ar, sendo ideais para tocar ao vivo e serem entoados por multidões, seja em clubes pequenos ou em arenas enormes. As primeiras quatro músicas passam este efeito na perfeição, mostrando a todos aqueles que se apaixonaram pelo heavy metal através do imaginário de capa e espada, que este é um regresso cheio de nostalgia.
Depois destas quatro faixas, há realmente um marcar passo e o fulgor parece esmorecer, com uma "Dominator" que falha em cativar através do seu refrão, riffs e solos, uma "Arv" instrumental acústica que não é mais que um pequeno interlúdio, sem grande destaque e que nem serve como grande introdução para a "Holmgâng", a faixa que se segue, uma faixa que tinha tudo para ser um épico mas que soa como se não tivesse sido explorada da melhor forma, tal como a que se lhe segue, "The Naked And The Dead". Simples, curta (demasiado curta) mas sem ser totalmente eficaz, ficando a saber a pouco mais uma vez. Antes da última música, "The Hammer Will Bite", tem-se mais uma intro/interlúdio que também não acrescenta grande coisa ao álbum, nem à música que se segue. Com "The Hammer Will Bite", o álbum chega ao final e apesar de ser a mais épica do álbum, não lhe retira aquele sabor amargo de que isto poderia ser muito mais do que realmente é.
Com uma primeira metade cheia de fulgor, "Triumph" vai-se perdendo mostrando que ainda não foi desta que os suecos voltaram ao topo da sua forma. Um álbum que parece ter o melhor e o pior do power trio mas que mesmo assim não é mau, pelo contrário, apenas não mostra aquele brilhantismo que se desejaria ou esperaria. Talvez da próxima. A solução é também tocar as primeiras quatro faixas em loop. Têm qualidade para resistir várias audições de seguida.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira