Os Destrage devem ser, de longe, a proposta mais estranha que saiu da Metal Blade nos últimos anos. Costuma-se dizer que o terceiro álbum é aquele da confirmação ou da condenação. Bem, ele realmente confirma que a banda é tudo menos normal, o que em muitos casos poderá ser não definitivo quanto isso. Pertencem aquele lote de bandas que mistura tanta coisa que agrada apenas a poucas pessoas de mente aberta o suficiente para os conseguirem apreciar e que muitas vezes acabam por lançar trabalhos tanto geniais como banais. Os italianos aqui não conseguem nem uma nem outra, andando algures no meio das duas. Mais próximo da primeira, confesso.
"Destroy Create Transform Sublimate" mistura em cinco segundos mathcore ligeiro, com riffs thrashados, batida electrónica, um certo feeling progressivo misturado com uma sensibilidade hardcore e screamo. Mistura muitas mais coisas mas é bem mais aborrecido nomeá-las do que ouvi-las. Parece que o lema da banda para os ouvintes é mesmo "esperem o inesperado", desde misturar guturais com coros que podiam estar numa secção de uma banda sonora de um filme épico dos anos setenta, seguindo riffs cheios de espasmos a partes com pedal duplo. E os solos? Com uma qualidade impressionante.
Qual é o problema? Tem de haver um problema certo? Nada pode ser assim tão esquisito e fora do comum, sem ter um problema. É verdade, há apenas uma pequena questãozinha. Quando o álbum vai a meio parece que já passaram quatro horas. Há tanta variação, há tanta mudança, há tanta... coisa, que parece que se ouviu um mundo inteiro a falar, a cantar e a tocar ao mesmo tempo em pouco mais de vinte minutos. É sem dúvida, um trabalho desafiante, que vai exigir várias audições dos ouvintes e que poderá correr o risco de ser brutalmente incompreendido por aqueles que possam não ter tanta paciência quanto aquela que "Are You Kidding Me? No" pede. Desafiante.
Nota: 7.8/10
Review por Fernando Ferreira
"Destroy Create Transform Sublimate" mistura em cinco segundos mathcore ligeiro, com riffs thrashados, batida electrónica, um certo feeling progressivo misturado com uma sensibilidade hardcore e screamo. Mistura muitas mais coisas mas é bem mais aborrecido nomeá-las do que ouvi-las. Parece que o lema da banda para os ouvintes é mesmo "esperem o inesperado", desde misturar guturais com coros que podiam estar numa secção de uma banda sonora de um filme épico dos anos setenta, seguindo riffs cheios de espasmos a partes com pedal duplo. E os solos? Com uma qualidade impressionante.
Qual é o problema? Tem de haver um problema certo? Nada pode ser assim tão esquisito e fora do comum, sem ter um problema. É verdade, há apenas uma pequena questãozinha. Quando o álbum vai a meio parece que já passaram quatro horas. Há tanta variação, há tanta mudança, há tanta... coisa, que parece que se ouviu um mundo inteiro a falar, a cantar e a tocar ao mesmo tempo em pouco mais de vinte minutos. É sem dúvida, um trabalho desafiante, que vai exigir várias audições dos ouvintes e que poderá correr o risco de ser brutalmente incompreendido por aqueles que possam não ter tanta paciência quanto aquela que "Are You Kidding Me? No" pede. Desafiante.
Nota: 7.8/10
Review por Fernando Ferreira