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Behemoth - "The Satanist" Review


Possivelmente (provavelmente) um dos álbuns mais aguardados do metal extremo dos últimos anos. Depois de todas as dúvidas que rodearam a saúde de Nergal e do futuro da banda, e de cinco anos desde "Evangelion" este " The Satanist" surge quase como uma declaração de guerra, ainda para mais sendo o décimo álbum de originais. Para quem tinha dúvidas, a banda soa mais melódica, mais poderosa e mais vigorosa que nunca. A produção de Daniel Bergstrand e a mistura de Matt Hyde ajudam a que a besta aqui presente seja de proporções bíblicas mas a verdade é que as músicas são de uma destruição maciça.

Conciliando uma certa melodia (macabra, claro) e um certo de groove (em faixas como "Blow Your Trumpets Gabriel", "The Satanist", "Ben Sahar" e "O Father O Satan O Sun" - esta última das mais épicas que saiu de um álbum de Behemoth) com outras mais in your face, brutas mesmo ("Furor Divinus" e "Amen") ou ainda outras que misturam as duas ("Messe Noire" e "Ora Pro Nobis Lucifer"), este é provavelmente o álbum mais completo da banda dos últimos tempos. Com pormenores de guitarra fantásticos, solos cheios de feeling, por cima de riffs viciantes, há também aqui um lado tradicional de heavy metal muito bem vindo.

A fluidez impressionante que faz com que este "The Satanist" passe num instante é também aquela que faz com que se fique perplexo pela quantidade de vezes que se ouve de seguida este álbum sem sequer se aperceber. É um álbum hipnótico e sem dúvida capaz de superar as expectativas que haviam para ele - quando a evolução para um beco sem saída começava a ser apontada por muitos críticos da banda. Esses críticos ficaram agora irremediavelmente sem assunto. Este é um dos grandes álbuns de 2014. Ponto.


Nota: 9.6/10

Review por Fernando Ferreira