Os Estados Unidos podem ter condenado o metal ao morte no mainstream em meados dos anos noventa, mas o seu underground tornou-se mais forte e até mesmo em estilos que se julgariam como extintos, diversas bandas continuaram a luta pela sua paixão e pelo som sagrado. Os Aska são uma dessas bandas que chegam ao sexto álbum com este "Fire Eater". É certo que nem todas os lançamentos por parte da banda satisfazem um nível de qualidade acima da média, mas a paixão, essa, sempre foi evidente. Aqui, as coisas surpreendem pela força com que surgem ao ouvinte. O apreciador de heavy / power metal americano, de bandas como Crimson Glory, Agent Steel, Jag Panzer, e até Manowar - aquela "Valhalla" só não parece mais Manowar porque tem uns fraseados de guitarra que seriam impossível de acontecer nos álbuns dos Kings Of Metal. E mesmo assim, é superior a qualquer coisa que tenha saído nos dois últimos álbuns de originais.
A voz de George Call é sóbria o suficiente para manter a palavra "power" no metal que fazem, mas isso não impede que existam gritos à la Rob Halford - Priest também é uma referência e influência e para isso não seria necessária a versão da "The Ripper" (verdade seja dita, não seria necessária por qualquer outra razão. A música já foi tão coverizada, de todas as maneiras e feitios que esta não traz nada de novo, mas não deixa de ser uma boa rendição. "Angela" é apenas a única escorregadela deste álbum. Uma charopada em forma de balada que tem umas linhas vocais faz lembrar os bons momentos dos Kiss (o que... já diz muita coisa) cruzados com os maus momentos dos Journey. É que nem o solo de guitarra se aproveita.
No geral é um bom álbum de heavy metal clássico, com malhões, com raça e com um espírito que qualquer fã identifica à distância. A produção é algo crua e a mistura por vezes soa demasiado desequilibrada - as vozes em "Harlot Of Eden", outro tema fraquito, estão demasiado altas e as guitarras relegadas para função secundária. Em termos de letras, temos os clichês do costume mas que até resultam bem - olha a tacada aos Manowar outra vez. Musicalidade bem conseguida (ouvir o solo de "Red Cell"), heavy metal simples mas não simplório e um lançamento que terá justiça sobre si se chamar atenção aos fãs do género.
A voz de George Call é sóbria o suficiente para manter a palavra "power" no metal que fazem, mas isso não impede que existam gritos à la Rob Halford - Priest também é uma referência e influência e para isso não seria necessária a versão da "The Ripper" (verdade seja dita, não seria necessária por qualquer outra razão. A música já foi tão coverizada, de todas as maneiras e feitios que esta não traz nada de novo, mas não deixa de ser uma boa rendição. "Angela" é apenas a única escorregadela deste álbum. Uma charopada em forma de balada que tem umas linhas vocais faz lembrar os bons momentos dos Kiss (o que... já diz muita coisa) cruzados com os maus momentos dos Journey. É que nem o solo de guitarra se aproveita.
No geral é um bom álbum de heavy metal clássico, com malhões, com raça e com um espírito que qualquer fã identifica à distância. A produção é algo crua e a mistura por vezes soa demasiado desequilibrada - as vozes em "Harlot Of Eden", outro tema fraquito, estão demasiado altas e as guitarras relegadas para função secundária. Em termos de letras, temos os clichês do costume mas que até resultam bem - olha a tacada aos Manowar outra vez. Musicalidade bem conseguida (ouvir o solo de "Red Cell"), heavy metal simples mas não simplório e um lançamento que terá justiça sobre si se chamar atenção aos fãs do género.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira