Quando se pensa que já se viu e ouviu tudo, aparece sempre alguém a esforçar-se para provar o contrário. Os Pleonexia são italianos e segundo os próprios, tocam metal filosófico. Ora se isto foi algo que surgiu da mente dos próprios ou então de alguém que os convenceu a tal, não se sabe, mas de qualquer forma, é uma ideia parva. Pertence ao grupo de ideias de alguém que é muito seguro de si e/ou que não tem nada a provar. A questão é que os Pleonexia têm muito a provar, tal como qualquer banda que lança um trabalho de estreia e a melhor maneira de o fazer é através da música.
Exactamente o problema. A música não nos traz nada de especial. Não se pode negar que ritmicamente o que se pode ouvir em "Break All The Chains" não tenha poder. A bateria e o baixo, mesmo que em algumas ocasiões sejam pouco imaginativos, têm uma força que sustentam basicamente as músicas, que andam ali na fronteira ténue que parece ter existido apenas nos anos oitenta, chamada hard'n'heavy. O problema é que apesar das músicas terem alguns ganchos viciantes, arranjam sempre forma de estragar tudo. Peguemos na "Everything You Said", com um refrão viciante em que depois é convertido numa espécie de lullaby com um som de teclado que arrepia de tão estranho que fica - no mau sentido. Os teclados são outro problema. Apesar de serem pouco usados, mesmo assim, quando são usados, parece que estão a mais durante quase todo o álbum. Pelo menos, até à "We Just Want More", retira as dúvidas e prova que realmente que estão a mais. De forma embaraçosa.
A capa do álbum muitas vezes engana, mas desta vez, sem analisar muito, dá para ver que algo se passa mal com a música que abriga. É um álbum com alguns pontos positivos - a energia demonstrada em certos momentos - mas que se perde no seu fascínio intelectual (fascínio esse que nunca se reflecte nas letras) por um suposto conceito que nem é explorado, pelo menos não á aqui nada de profundamente filosófico ("We are the best, really the best, best of the best, we're going to kick your ass" - filosofia destas, os Manowar têm à tonelada). E depois outra coisa que faz confusão é que numa banda com três guitarristas, não se pode dizer que seja um festim do dito instrumento. Apenas se tem dreito a alguns bons solos. Fraquinho mas com algum potencial, a médio, longo prazo.
Nota: 5/10
Review por Fernando Ferreira
Exactamente o problema. A música não nos traz nada de especial. Não se pode negar que ritmicamente o que se pode ouvir em "Break All The Chains" não tenha poder. A bateria e o baixo, mesmo que em algumas ocasiões sejam pouco imaginativos, têm uma força que sustentam basicamente as músicas, que andam ali na fronteira ténue que parece ter existido apenas nos anos oitenta, chamada hard'n'heavy. O problema é que apesar das músicas terem alguns ganchos viciantes, arranjam sempre forma de estragar tudo. Peguemos na "Everything You Said", com um refrão viciante em que depois é convertido numa espécie de lullaby com um som de teclado que arrepia de tão estranho que fica - no mau sentido. Os teclados são outro problema. Apesar de serem pouco usados, mesmo assim, quando são usados, parece que estão a mais durante quase todo o álbum. Pelo menos, até à "We Just Want More", retira as dúvidas e prova que realmente que estão a mais. De forma embaraçosa.
A capa do álbum muitas vezes engana, mas desta vez, sem analisar muito, dá para ver que algo se passa mal com a música que abriga. É um álbum com alguns pontos positivos - a energia demonstrada em certos momentos - mas que se perde no seu fascínio intelectual (fascínio esse que nunca se reflecte nas letras) por um suposto conceito que nem é explorado, pelo menos não á aqui nada de profundamente filosófico ("We are the best, really the best, best of the best, we're going to kick your ass" - filosofia destas, os Manowar têm à tonelada). E depois outra coisa que faz confusão é que numa banda com três guitarristas, não se pode dizer que seja um festim do dito instrumento. Apenas se tem dreito a alguns bons solos. Fraquinho mas com algum potencial, a médio, longo prazo.
Nota: 5/10
Review por Fernando Ferreira