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Jackal - "Cry Of The Jackal" Review


Os Jackal são uma banda clássica de heavy metal da Holanda. Clássica por existirem desde 1985 (com intervalos) e clássica por causa do nome: Jackal. Dá logo ideia de que se trata de uma banda que existe desde os anos oitenta e de que tem no mínimo dez álbuns. Na verdade, a banda só tem mesmo este "Cry Of The Jackal", lançado originalmente em 1989 e reeditado agora pelas mãos da Pure Steel Records em CD e vinil. Na altura foi lançado em CD, edição de autor, limitada a quinhentas cópias. Agora a Pure Steel disponibiliza em ambos os formatos, em edições limitadas, a de CD limitada também a quinhentas e a de vinil a duzentas e cinquenta cópias.

Esta reedição é mais uma que vai resgatar a um passado perdido uma pérola do heavy metal. São cerca de seis faixas em trinta minutos (que parece que encaixa mais facilmente no conceito de MCD do que propriamente de álbum) em que os holandeses desfilam um heavy metal de qualidade, com fortes tiques à la NWOBHM, tendo direito até a uma faixa instrumental - o tema título - lembrando-me de algo que não me canso referir: uma boa faixa instrumental é meio caminho andado para se ter um  grande álbum de heavy metal. A voz de Erwin Siereveld, por outro lado, que juntada a riffs clássicos e a grandes solos de guitarra, tem-se o caminho andado para um bom trabalho.

Como apenas meia hora não tornam esta reedição atractiva comercialmente, tem-se mais cinco faixas, duas retiradas da demo de 1987, e as restantes três retiradas da demo de 1991, "The Secret Inside" - aqui poderia ter-se incluído a demo completa, mas provavelmente tal deveu-se às restrições a que o formato vinil obriga. A qualidade sonora destes extras não é grande coisa, mas são bónus interessantes, não tanto quanto o álbum em si, mas o suficiente para se ficar com pena que esta banda não tenha continuado, sendo que a última demo parecia que os levava para paragens mais progressivas a fazer lembrar. Mais uma boa reedição e (re)descoberta. Para a velha guarda, claro.


Nota: 7.5/10

Review por Fernando Ferreira