Mais uma banda grega a estrear-se, desta feita os Disharmony que andam por um estilo algo difícil de dominar com mestria, que é o heavy metal com o doom, algo que que os Candlemass fizeram com mestria ao longo de quase toda a sua carreira. Pelo tema título que abre o álbum, quase que nem parece, tal é a potência do primeiro minuto. Depois as coisas começam a amainar nos versos que antecedem o refrão, que volta a ter a potência do início. Uma potência contagiante e viciante. Bons riffs, boa voz, algo clássica a lembrar uma mistura de Messiah Marcolin (ex-vocalista dos Candlemass, nos seus álbuns mais carismáticos) sem o timbre carismático, mas com os mesmos tiques operáticos, com o Geoff Tate (ex ou actual Queensrÿche, conforme a perspectiva da pessoa que analise o caso) e a forma como coloca a emoção na voz.
Os riffs são de qualidade e o trabalho da guitarra solo também - "This Possible Lie" até parece que foi gravada por Jeff Loomis, numa grande e intensa malha - com os restantes instrumentos a complementarem a equipa na perfeição, destaque em termos rítmicos para a bateria e baixo, que formam os dois uma sólida unidade. A intensidade revela-se de diversas formas, sendo que a emocional também não escapa com "Infinite Astray", "Forgotten In Oblivion" e "Shadows" a destacarem-se, uma power ballad eficaz na emoção que consegue transmitir. Apesar destes momentos mais introspectivos, a potência é mesmo o elemento que domina o álbum ao longo da sua duração e faixas como "Oman" e "Cosmic Anarchy" a destacarem-se entre as demais.
Apenas há um momento menos conseguido no álbum e esse momento é a "Nostalgia", uma espécie de balada melancólica - que mesmo assim não esquece a distorção - que se torna um pouco aborrecida e funciona como filler, mesmo não sendo essa a intenção da banda, provavelmente. De qualquer forma, não é essa faixa que apaga a qualidade das restantes sete. Esta é uma estreia surpreendente de uma banda que tem qualidade para chegar longe, mesmo que aqui ainda surja um pouco presa às suas influências (as principais sendo os Nevermore, Queensrÿche e Candlemass). Boa estreia, banda a acompanhar.
Nota: 7.4/10
Review por Fernando Ferreira
Os riffs são de qualidade e o trabalho da guitarra solo também - "This Possible Lie" até parece que foi gravada por Jeff Loomis, numa grande e intensa malha - com os restantes instrumentos a complementarem a equipa na perfeição, destaque em termos rítmicos para a bateria e baixo, que formam os dois uma sólida unidade. A intensidade revela-se de diversas formas, sendo que a emocional também não escapa com "Infinite Astray", "Forgotten In Oblivion" e "Shadows" a destacarem-se, uma power ballad eficaz na emoção que consegue transmitir. Apesar destes momentos mais introspectivos, a potência é mesmo o elemento que domina o álbum ao longo da sua duração e faixas como "Oman" e "Cosmic Anarchy" a destacarem-se entre as demais.
Apenas há um momento menos conseguido no álbum e esse momento é a "Nostalgia", uma espécie de balada melancólica - que mesmo assim não esquece a distorção - que se torna um pouco aborrecida e funciona como filler, mesmo não sendo essa a intenção da banda, provavelmente. De qualquer forma, não é essa faixa que apaga a qualidade das restantes sete. Esta é uma estreia surpreendente de uma banda que tem qualidade para chegar longe, mesmo que aqui ainda surja um pouco presa às suas influências (as principais sendo os Nevermore, Queensrÿche e Candlemass). Boa estreia, banda a acompanhar.
Nota: 7.4/10
Review por Fernando Ferreira