O monstro italiano está de volta. Para quem não conhece o nome (como é que é possível alguém não conhecer este nome?!), os Cripple Bastards são uma das grandes exportações italianas, e porque não dizer a maior, no campo do grindcore e voltam precisamente através da editora de culto, por excelência, da música extrema: a Relapse Records. E voltam mais acutilantes que nunca, com dezoito descargas de grindcore bruto e zangado, tal como se espera por parte deles.
Com uma produção perfeita, tudo aqui soa bem. É importante que o grindcore seja bem produzido, em todo o seu esplendor, para que a sua brutalidade atinja de forma impiedosa o ouvinte e é precisamente o que acontece aqui. Tal como as temáticas líricas, totalmente em italiano mas que a Relapse disponibilizou traduções para inglês, sendo evidente o conteúdo de protesto social, esse sendo já um dos elementos inerentes à identidade dos Cripple Bastards.
É um álbum com muitos momentos explosivos - ou seja, as clássicas faixas que não chegam a um minuto - mas que mostram uma banda mais madura, não tendo medo de experimentar e arriscar, seja em faixas como "Occhi Trapiantati" (onde o ritmo mais compassado vinca bem o seu peso) ou na malha de abertura "Malato Terminale", viciante desde o primeiro instante, mas onde realmente surpreendem é no épico de nove minutos "Splendore E Tenebra", um monstro de uma música que vai crescendo, crescendo até ficar quase maior que o disco que a contêm, terminando engolfada em feedback, ruído e puro noise.
Resumindo, é um grande álbum que mais parece de uma banda jovem do que propriamente daqueles que são A instituição do grindcore italiano, e porque não dizer, mundial? Vinte e seis anos de carreira e com uma vitalidade destas... um exemplo para muita juventude que por aí anda.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
Com uma produção perfeita, tudo aqui soa bem. É importante que o grindcore seja bem produzido, em todo o seu esplendor, para que a sua brutalidade atinja de forma impiedosa o ouvinte e é precisamente o que acontece aqui. Tal como as temáticas líricas, totalmente em italiano mas que a Relapse disponibilizou traduções para inglês, sendo evidente o conteúdo de protesto social, esse sendo já um dos elementos inerentes à identidade dos Cripple Bastards.
É um álbum com muitos momentos explosivos - ou seja, as clássicas faixas que não chegam a um minuto - mas que mostram uma banda mais madura, não tendo medo de experimentar e arriscar, seja em faixas como "Occhi Trapiantati" (onde o ritmo mais compassado vinca bem o seu peso) ou na malha de abertura "Malato Terminale", viciante desde o primeiro instante, mas onde realmente surpreendem é no épico de nove minutos "Splendore E Tenebra", um monstro de uma música que vai crescendo, crescendo até ficar quase maior que o disco que a contêm, terminando engolfada em feedback, ruído e puro noise.
Resumindo, é um grande álbum que mais parece de uma banda jovem do que propriamente daqueles que são A instituição do grindcore italiano, e porque não dizer, mundial? Vinte e seis anos de carreira e com uma vitalidade destas... um exemplo para muita juventude que por aí anda.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira