Nada como uma capa com uma mão a segurar uma guitarra com forma de machado para nos deixar descansados sobre o paradeiro do verdadeiro metal. Na verdade, não é uma verdadeira preocupação, porque o heavy metal tradicional até tem sido bastante bem tratado nos últimos anos, mais do que se calhar em toda a década de noventa. Divagações à parte, os Black Hawk são alemães, já existem desde 81, mas apenas em 1989 inauguraram a sua discografia com o EP "First Attack", sendo que o álbum de estreia "Twentyfive" só viria a ser lançado em 2005 (quase vinte e cinco anos depois da sua formação, talvez não tenha sido uma coincidência) e este trabalho é já o quinto lançado desde esse ano.
Em termos sonoros, pensa-se obrigatoriamente em Saxon, semelhança que se estende e aplica também à voz de Udo Bethke, que também faz lembrar Geoff Tate (ex-(ou não) Queensrÿche), e a produção é poderosa e algo moderna, fazendo com que estas doze músicas fluam bem (incluindo a intro "Arise"). "Fear" abre as hostilidades em grande forma, com um heavy metal poderoso, enquanto a "The Fighter" revela mais vincadamente a influência Saxon, de forma saudável. O tema título tem um riff com túbaros do tamanho de bolas de bowling e provavelmente com a mesma consistência, tal como "Nightrider". É com "Fashion Victim" que surge uma surpresa, uma espécie de balada acústica, pelo menos no seu início, mas que até se enquadra bem no contexto apresentado, com potencial comercial. "Burning Angels" é uma regravação de uma música antiga.
"Skills Of Arabia" é uma música isntrumental onde a banda demonstra as suas habilidades. É sempre bom quando isso acontece, não se fazem boas músicas instrumentais, nunca é demais. O único problema é que a produção nesta faixa em específico parece estar uns furos abaixo das restantes. Seria preferível colocá-la no final do alinhamento do que ter este buraco a meio do álbum, já que "Killer" o som que volta ao "normal". Até ao final do álbum é um pulinho, com uma "Heroes" em modo expresso, uma curta balada na forma de "Venom Of The Snake" pegada à "Beast In Black", que é a melhor forma de terminar o álbum, de forma viciante, com um bom refrão, bom solo e um bom riff de heavy metal.
É um trabalho equilibrado, exceptuando aquele pormenor do som da "Skills Of Arabia", fazendo jus à carreira discográfica da banda alemã. Já lá vão trinta anos de heavy metal, nem todos produtivos, mas com este "A Mighty Metal Axe" a provar que quando se faz algo, faz-se algo que vale a pena ser feito. Heavy metal.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
Em termos sonoros, pensa-se obrigatoriamente em Saxon, semelhança que se estende e aplica também à voz de Udo Bethke, que também faz lembrar Geoff Tate (ex-(ou não) Queensrÿche), e a produção é poderosa e algo moderna, fazendo com que estas doze músicas fluam bem (incluindo a intro "Arise"). "Fear" abre as hostilidades em grande forma, com um heavy metal poderoso, enquanto a "The Fighter" revela mais vincadamente a influência Saxon, de forma saudável. O tema título tem um riff com túbaros do tamanho de bolas de bowling e provavelmente com a mesma consistência, tal como "Nightrider". É com "Fashion Victim" que surge uma surpresa, uma espécie de balada acústica, pelo menos no seu início, mas que até se enquadra bem no contexto apresentado, com potencial comercial. "Burning Angels" é uma regravação de uma música antiga.
"Skills Of Arabia" é uma música isntrumental onde a banda demonstra as suas habilidades. É sempre bom quando isso acontece, não se fazem boas músicas instrumentais, nunca é demais. O único problema é que a produção nesta faixa em específico parece estar uns furos abaixo das restantes. Seria preferível colocá-la no final do alinhamento do que ter este buraco a meio do álbum, já que "Killer" o som que volta ao "normal". Até ao final do álbum é um pulinho, com uma "Heroes" em modo expresso, uma curta balada na forma de "Venom Of The Snake" pegada à "Beast In Black", que é a melhor forma de terminar o álbum, de forma viciante, com um bom refrão, bom solo e um bom riff de heavy metal.
É um trabalho equilibrado, exceptuando aquele pormenor do som da "Skills Of Arabia", fazendo jus à carreira discográfica da banda alemã. Já lá vão trinta anos de heavy metal, nem todos produtivos, mas com este "A Mighty Metal Axe" a provar que quando se faz algo, faz-se algo que vale a pena ser feito. Heavy metal.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira