A Austrália poderá não ser o lugar mais expectável para black metal depressivo, mas isso não impediu que D. (de seu verdadeiro nome Grey Waters) chegasse ao terceiro trabalho com este "As The Stars). Woods Of Desolation são uma one-man-band peculiar, já que D. apenas fica a cargo das guitarras, tendo recorrido a três músicos de sessão para o resto dos instrumentos, sendo eles Old na voz (dos Drohtnung e já tinha participado antes numa das demos do grupo), Luke Mills no baixo (dos Nazxul e Pestilential Shadows) e Vlad na bateria (dos Drudkh e Old Silver Key).
O som tem sempre um toada melódica próxima do pós-rock mas nunca chega a perder o peso. Uma faixa como "Unfold" e o seu início melódico vê o acréscimo de peso entrar com a distorção mas nunca chega a perder de olho a melodia. Tal poderá irritar aqueles que são fãs do black metal mais agreste. Esse espírito agreste definitivamente não se encontra por aqui, mas a melodia é tão cativante que o resto, tudo o resto, passa para segundo plano. Um dos pontos que poderá deixar em dúvida é a duração das músicas. Muitas vezes nos queixamos que as músicas duram demasiado tempo e aqui não sabendo se tal poderia acontecer, a duração nunca chega a ser excessiva. Aliás, a insatisfação é precisamente pelo contrário, por saber a pouco. Como o álbum está todo na mesma toada, tal se calhar até foi a melhor opção, acabando por ter uma sete partes de uma faixa maior.
Essa fluídez é assinalável e o vício nasce a partir que se chega ao final do álbum, que não chega a durar trinta e cinco minutos. Voltar ao início. Mesmo assim é possível destacar a intensidade de faixas como "And If All the Stars Faded Away", pesada, melódica. Um álbum que mostra que este projecto está entre os melhores do género do underground, o balanço perfeito entre a melodia conduzida pela agressividade das guitarras. Um dos grandes vícios do final deste ano.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
O som tem sempre um toada melódica próxima do pós-rock mas nunca chega a perder o peso. Uma faixa como "Unfold" e o seu início melódico vê o acréscimo de peso entrar com a distorção mas nunca chega a perder de olho a melodia. Tal poderá irritar aqueles que são fãs do black metal mais agreste. Esse espírito agreste definitivamente não se encontra por aqui, mas a melodia é tão cativante que o resto, tudo o resto, passa para segundo plano. Um dos pontos que poderá deixar em dúvida é a duração das músicas. Muitas vezes nos queixamos que as músicas duram demasiado tempo e aqui não sabendo se tal poderia acontecer, a duração nunca chega a ser excessiva. Aliás, a insatisfação é precisamente pelo contrário, por saber a pouco. Como o álbum está todo na mesma toada, tal se calhar até foi a melhor opção, acabando por ter uma sete partes de uma faixa maior.
Essa fluídez é assinalável e o vício nasce a partir que se chega ao final do álbum, que não chega a durar trinta e cinco minutos. Voltar ao início. Mesmo assim é possível destacar a intensidade de faixas como "And If All the Stars Faded Away", pesada, melódica. Um álbum que mostra que este projecto está entre os melhores do género do underground, o balanço perfeito entre a melodia conduzida pela agressividade das guitarras. Um dos grandes vícios do final deste ano.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira